A Grande Feira do Livro arrancou nesta sexta-feira, na cidade da Praia, com um total de 24 stands e mais de 50 mil títulos em destaque, celebrando a diversidade cultural e promovendo o acesso à leitura - deve ir até 5 de maio.
Promovido pelo Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas através da Biblioteca Nacional, a Grande Feira do Livro visa promover a dinamização do livro, da leitura e da literatura em Cabo Verde.
O evento, que vai até 05 de maio, constitui um marco para a cultura cabo-verdiana, conforme avançou o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, em declarações à imprensa.
“Uma emoção muito grande trazer tantos autores, tantos títulos, são mais de 50 mil livros aqui presente em vários momentos, novas edições, novos autores desde dramaturgia à literatura científica, literatura académica e à literatura técnica. Foi uma montagem que demorou algum tempo porque nós queremos mostrar algo com qualidade”, sustentou o governante, destacando a “parceria crucial” com o Instituto Camões.
Para Abraão Vicente, este pode ser um bom legado que deve permanecer, e o desafio agora é levá-lo a todas as ilhas, pois, segundo disse, há um clamor por uma grande feira do livro.
Acrescentou ainda que, o evento se trata também um legado deste mandato, no qual deseja ser continuado e financiado anualmente, assim como os festivais de músicas.
"Se se monta em 22 municípios festivais de música com valores a ultrapassar os 15 a 20 mil contos anualmente, porque não o Governo e os seus parceiros e os demais parceiros privados não se organizarem para terem livros de qualidade na cidade da Praia?", questionou Abraão Vicente, salientando que já há toda uma estrutura desenhada e consolidada para o efeito.
A Grande Feira do Livro reservou um momento especial para homenagear Manuel Veiga, uma figura “icónica” que dedicou sua vida ao enriquecimento da cultura cabo-verdiana em diversas frentes.
“Escolhemos homenagear o Manuel Veiga não só pela situação de saúde que está a passar neste momento um pouco de fragilidade, mas também pelo reconhecimento do seu trabalho como defensor da língua cabo-verdiana, como ministro, como escritor como investigador, como cientista da língua cabo-verdiana, por ser provavelmente o primeiro a escrever um romance na língua cabo-verdiana (…)”, vincou o governante.
A feira conta com um investimento de 15 mil contos. Só o Instituto Camões financiou cerca de 100 mil euros (aproximadamente 11 mil contos), segundo Abraão Vicente.
Por sua vez, a presidente da Biblioteca Nacional de Cabo Verde, Matilde Santos, convidou a todos a visitarem a feira, destacando os “preços extraordinários” e ressaltando que todos os dias haverá promoções especiais, com descontos de até 200 escudos.
Ao longo desses dez dias, indicou, vai ter um escritor destacado diariamente.
“A ideia é continuar anualmente, e estender-se a outros concelhos. A grande feira vai estar já de 08 a 10 de Maio no município do Tarrafal, seguido ilha do Sal, Brava e, posteriormente, outras ilhas, para também promover os autores localmente”, assinalou Matilde Santos.
A Semana com Inforpress
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