Os alunos do 12º ano da turma CT1 do Centro Educativo Miraflores encontram-se em expedição em diferentes pontos da ilha de Santiago, com duração de dois dias, com o propósito de explorar a geologia da ilha.
A viagem iniciou-se logo cedo pela praia de Quebra Canela seguido do planalto do Platô, mas ainda hoje estão previstas deslocações aos concelhos de São Domingos, São Lourenço dos Órgãos, Santa Catarina e Tarrafal, para na volta explorarem as restantes três estações, conforme o cronograma, em São Miguel e São Domingos.
Em declarações à Inforpress, ainda na praia de Quebra Canela, a professora de geologia e coordenadora do núcleo disciplinar de ciências, Maria Martins, explicou que os alunos estarão sob orientação da professora Sónia, que é investigadora da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) na área.
“Esta expedição está enquadrada no plano de actividades do nosso núcleo disciplinar que é ciências geral dentro da nossa programação. Então esta actividade é um sementar daquilo que tratamos na sala de aula”, elucidou.
Durante a expedição, contou, os alunos terão a oportunidade de explorar geologia da ilha de Santiago para entenderem. por exemplo, quais os impactos da acção humana sobre a geologia, as causas, e o que pode ser feito para melhorar.
“E os alunos em si vão ter um contacto directo com o ambiente, sair de fora da sala de aula e fazer um trabalho de campo, mais pratico”, realçou.
Pois, reconheceu a professora, será muito mais fácil entenderem a matéria, embora a escola tem usado muita imagem para trabalhar matérias.
“Mas estando no terreno, pisar o terreno, ver e sentir, é muito diferente e leva os alunos a entenderem o que é a própria disciplina, a geologia”, concretizou.
“Esperamos que possam sementar o conteúdo que trabalhamos na sala de aula, mas também que despertem o interesse de enveredar para este campo, uma vez que em Cabo Verde temos apenas três geólogos que trabalham nas universidades”, finalizou.
Para a aluna Larissa Raquel Furtado, esta actividade é “extremamente importante” para abrir o conhecimento sobre coisas do dia-a-dia, justificando que muitas vezes vivem sem saber o que está por detrás da estratigrafia da própria ilha.
“E é muito divertido estar junto dos colegas, falar, debater tipos de rochas e também áreas geográficas”, argumentou, acrescentando que sempre é bom adquirir conhecimento de uma forma divertida, tendo sublinhado a “excelente” ideia da escola em promover esta excursão.
Afirmou ainda que é uma forma de avaliar as suas capacidades de uma forma diferente, sem ser através de testes e outras avaliações fechadas, defendendo mais acções do tipo em todas as escolas, não só nessa área mas também para outras disciplinas.
A Semna com Inforpress
05 de abril 2024
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