Cerca de 120 capoeiristas de Portugal, Espanha, França, Suíça, Brasil, Gâmbia e Cabo Verde participam, desde 19 de Março, em São Lourenço dos Órgãos, no interior de Santiago, na II edição do Festival Internacional de Capoeira.
O festival, organizado pela Associação de Capoeira Oria Zambi de Cabo Verde, que se vai prolongar até este sábado, 30, além de São Lourenço dos Órgãos, percorrerá ainda os municípios da Praia, Santa Catarina, São Domingos, Tarrafal, Ribeira Grande de Santiago e Santa Cruz.
À Inforpress, o presidente da Oria Zambi, António Vaz, avançou que o certame, que decorrerá sob o lema “Capoeira volta mundo, nôs terra, nôs djentis”, vai contar com a participação de mais de 120 renomados mestres e alunos, sendo 50 oriundos de países como Espanha, Portugal, França, Gâmbia, Brasil e Suíça e 70 nacionais.
Segundo este formador de capoeira, durante os 15 dias dedicados a esta arte marcial brasileira serão realizadas várias actividades culturais e de intercâmbio, desde debates sobre várias temáticas relacionadas com esta modalidade, conversas abertas, rodas de capoeira, entre outras actividades.
Na ocasião, lamentou o facto de o projecto, iniciado em 2019, orçado em cerca de 3.000 contos, não contar com apoios suficientes para a sua realização, daí essa paragem de quatro anos.
No entanto, não obstante as dificuldades, o mestre de capoeira disse acreditar que após o evento a modalidade vai passar a ser vista “com outros olhos”, não só pelos capoeiristas, mas também pelos pais e encarregados de educação, comunidade e entidades.
O festival, realizado no âmbito do projecto “nôs terra, nôs djentis”, tem como objectivo promover a cultura cabo-verdiana fazendo a capoeira.
A capoeira é uma manifestação corporal que combina luta, dança e música, eventos esses que, segundo a organização, são essenciais para preservar e promover essa tradição afro-brasileira que, em 2014, foi elevado a património cultural da humanidade pela UNESCO.
A Semana com Inforpress
26 de março 2024
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