As siderúrgicas chinesas registaram esta terça-feira quedas generalizadas no mercado bolsista, depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter assinado ordens executivas para impor taxas generalizadas de 25% sobre as importações de aço e alumínio.
Na Bolsa de Valores de Xangai, a maior siderúrgica do país, a Baosteel, perdeu 0,14%, e a Shandong Iron and Steel 2,05%. Na outra grande praça financeira da China continental, Shenzhen, as empresas do setor Jiangsu Shagang (-0,33%), Angang Steel (-1,63%), HBIS (-1,81%) e Hunan Valin (-2,63%) também registaram perdas.
Em Hong Kong, o produtor de alumínio China Hongqiao caiu 0,15%. A única empresa que a ultrapassa em dimensão no seu setor, a Chinalco, caiu 0,79%.
A China é o maior exportador mundial de aço, com mais de 100 milhões de toneladas em 2024, mas os Estados Unidos não figuram entre os seus principais compradores, uma vez que o país apenas comprou cerca de 1,8% do total das suas importações ao país asiático, segundo a base de dados estatísticos comerciais das Nações Unidas Comtrade.
No que respeita ao alumínio, 3% do total das importações provêm da China.
No entanto, alguns relatórios também apontam para a importância do comércio através de países terceiros, como o Canadá e o México.
O antigo presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou em julho passado que iria impor taxas de 25% sobre o aço e de 10 % sobre o alumínio importados do México se não se pudesse provar que tinham sido fundidos no seu território.
Num relatório publicado após a vitória eleitoral de Trump, a empresa de consultoria local MySteel observou que alguns exportadores de aço chineses estavam preocupados não só com as taxas dos EUA, mas também com o efeito de contágio, apontando especificamente para possíveis novas taxas noutros territórios, como o Canadá ou a União Europeia.
A Semana com Lusa
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