quinta-feira, 21 novembro 2024

A ATUALIDADE

Governo da Venezuela insta Brasil a não se imiscuir em assuntos dos venezuelanos

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 A Venezuela instou o Brasil a deixar de imiscuir-se em assuntos dos venezuelanos, perante crescentes tensões com Brasília, que não reconhece a reeleição de Nicolás Maduro nas presidenciais de 28 de julho.

“O Governo bolivariano exorta, uma vez mais, à burocracia do Itamaraty [diplomacia do Brasil] a não se intrometer em assuntos que só dizem respeito aos venezuelanos, evitando deteriorar as relações diplomáticas entre os dois países, para o que deve assumir uma conduta diplomática profissional e respeitosa, como a Venezuela tem demonstrado através da sua política externa” afirmou, no sábado.

Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Venezuela acusou a diplomacia do Brasil de “tentar enganar a comunidade internacional” e atuar em “caráter de vitimários”.

“A Venezuela tem demonstrado, através de denúncias públicas, com dezenas de provas, como o Itamaraty tem empreendido uma flagrante e grosseira agressão contra o Presidente Constitucional, Nicolás Maduro Moros, as instituições e poderes públicos, assim como a sociedade venezuelana”, afirmou.

Segundo Caracas, o Brasil mantém “uma campanha sistemática” contra a Venezuela, “que viola os princípios da Carta das Nações Unidas, como a soberania nacional e a autodeterminação dos povos, violando inclusive a própria Constituição brasileira em seu mandato de não ingerência nos assuntos internos dos Estados”.

Em 29 de outubro, o assessor para assuntos internacionais do Governo brasileiro, Celso Amorim, declarou que nas eleições venezuelanas “não foi respeitado o princípio da transparência”, razão pela qual não pode reconhecer a vitória de Maduro.

Amorim, que foi o chefe da diplomacia durante os dois primeiros mandatos do atual Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, compareceu na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados para explicar a posição do Brasil em relação ao processo eleitoral venezuelano.

O assessor explicou que, nas suas tentativas de mediação, o Brasil tem-se pautado pelos princípios da “defesa da democracia, da não ingerência nos assuntos internos e da resolução pacífica das controvérsias”.

No entanto, Amorim sublinhou que, como não foram publicados os resultados detalhados das eleições na Venezuela, nas quais as autoridades eleitorais proclamaram a vitória de Maduro, “o princípio da transparência não foi respeitado”.

O assessor enfatizou que, por isso, o Brasil não reconhece nem o resultado nem a vitória que a oposição atribui ao seu candidato presidencial, Edmundo González Urrutia, exilado em Espanha.

O presidente do parlamento da Venezuela, Jorge Rodríguez, emitiu um comunicado na rede social Instagram a acusar Celso Amorim de ser “um agente” dos Estados Unidos e de querer manchar as eleições presidenciais.

Em 30 de outubro a Venezuela convocou o embaixador no Brasil, Manuel Vedell, para consultas, em resposta às declarações de Celso Amorim.

A tensão com a Venezuela piorou na semana passada, quando o Governo liderado por Lula da Silva se recusou a aceitar a Venezuela como novo membro associado do fórum BRICS, fundado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Essa posição foi considerada pela Venezuela como uma agressão e um gesto hostil, que enquadrou na “política criminosa de sanções que foram impostas contra um povo corajoso e revolucionário, como os venezuelanos”.

A Semana com Lusa 

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
8 days 23 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
10 days 21 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
18 days 20 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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