“Esta participação é crucial, dada a relevância dos temas em análise”, tais como a segurança em África e o relatório sobre reformas institucionais da União Africana, anunciou, segundo a Lusa, esta segunda-feira  a presidência de Cabo Verde, em comunicado.

José Maria Neves tem chamado a atenção “para a necessidade de reformas no seio daquela organização” que permitam promover o ambiente, resolver conflitos nalguns países do continente e promover o estado de direito, indicou a presidência.

"Medidas rotineiras já não fazem muito sentido, porque não produzem efeitos", disse, na cimeira anterior, em que também participou, há um ano.

Segundo a mesma fonte, durante o encontro, o chefe de Estado cabo-verdiano vai apresentar um relatório (anual) na qualidade de líder da organização para a preservação do património natural e cultural de África.

Em Adis Abeba, José Maria Neves vai ainda representar Cabo Verde numa reunião de alto nível dos pequenos estados insulares africanos.

A edição deste ano da habitual cimeira anual da UA pode, prossegue a Lusa, entrar para a história como uma das mais intensas, desde logo devido à disputa entre Argélia e Marrocos, que aspiram a deter a presidência rotativa da organização continental, que, respeitando a rotação geográfica, cabe agora à África do Norte.

A atual presidência, desempenhada pelas Comores, chega ao fim sem ter conseguido prevenir a proliferação de golpes de Estado, na África Ocidental, e o avanço do fundamentalismo islâmico, quer na África Ocidental, quer na parte oriental do continente, conclui a fonte deste jornal.

13 de fevereiro 2024