sexta-feira, 20 setembro 2024

E ECONOMIA

Pesquisadora brasileira considera Cabral visionário pela aposta no cinema

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O filósofo e historiador guineense Iancuba Djola N’ Djai foi enviado para a antiga União Soviética por Amílcar Cabral para ser o piloto pessoal do avião que o conduzisse quando se dessem as independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde.

Assumido “Mininu di Cabral” (Menino de Cabral), nome pelo qual são conhecidos os jovens formados política e ideologicamente por Cabral, Djola N’Djai lamentou, em entrevista à Lusa, a forma como o líder foi assassinado um ano após enviar para formação na antiga União Soviética aqueles que seriam elementos da futura Força Aérea da Guiné-Bissau.

Iancuba N’Djai chegou a formar-se como piloto de caças Mig, mas, com o sonho de transportar Cabral caído por terra, com o seu assassínio em 1973, enveredou pela história e mais tarde pela filosofia.

Ativista de desenvolvimento comunitário e político, N’Djai ainda fundou um partido, mas rapidamente regressou ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), criado por aquele que chama orgulhosamente de “pai”.

Se fosse vivo, Amílcar Cabral completaria em setembro próximo 100 anos, data que o PAIGC contava comemorar durante todo o ano de 2024.

Mas, com a demissão do Governo liderado pelo PAIGC, em dezembro de 2023, pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, as comemorações do centenário, ainda que em curso, esfriaram.

“Toda essa manobra é exatamente para impedir que o povo da Guiné-Bissau comemorasse com pompa e circunstância os cem anos do Mais Velho”, defendeu Iancuba N’Djai.

Em entrevista à Lusa, por ocasião do centenário de Cabral, N’Djai afirmou que o PAIGC e outras forças políticas evocam o líder circunstancialmente, lembrando, em cada mês do ano, os passos importantes que deu em vida.

Como exemplo apontou um “grande colóquio”, organizado este mês em Lisboa, sobre o centenário de Cabral, data que é evocada em vários países.

Para Iancuba, atualmente com 68 anos, falar de Amílcar Cabral traz um mar de recordações que o leva às lágrimas, sobretudo quando evoca o seu desejo de “fazer da Guiné-Bissau a Suíça de África”.

Iancuba disse acreditar que, se Cabral vivesse “pelo menos cinco anos da independência”, a Guiné-Bissau "não seria o que é hoje”, um país onde a lei e a Constituição não são respeitadas.

Defensor acérrimo dos ideais de Cabral, Iancuba criou, em 2012, uma organização para enfrentar os militares que, então, derrubaram o Governo do primeiro-ministro eleito nas urnas e que era líder do PAIGC, Carlos Gomes Júnior.

Iancuba N’Djai privou com Amílcar Cabral no secretariado do PAIGC em Conacri, na vizinha República da Guiné, então base do movimento independentista da Guiné-Bissau, como auxiliar de escritório.

“Eu ocupava-me da escolha e recolha de fotografias dos combatentes para o salvo-conduto” (título de viagem), já que não havia passaporte dos guerrilheiros, recordou.

 

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

joao neves2
7 days 13 hours

Porquê que as eleições têm de ser realizadas apenas num Domingo? O Governo não pode conceder tolerância de ponto?

D. G. WOLF
16 days 8 hours

A Guiné-Bissau é uma espinha atravessada na garganta dos cabo-verdianos.

JP
20 days 10 hours

hehehe SATANÁS ta inspeciona DEMONIOS hehehe Só trossa propi

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