O desafio está lançado aos demais partidos políticos. O secretário-geral do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição), Julião Varela, anuncia, hoje, que as propostas que a força política tem estado a apresentar têm vindo a merecer o acolhimento por parte dos cabo-verdianos. O político avisa que o PAICV, que é a maior formação política da Esquerda democrática em Cabo Verde, quer ser alternativa credível da governação em 2026.
CULTURA
Oposição reúne-se em Congresso: Propostas do PAICV têm vindo a merecer acolhimento dos cabo-verdianos – secretário-geral
Julião Varela falava à imprensa à margem de uma reunião do Conselho Nacional do partido, na Assembleia Nacional, para aprovar as Contas do partido de 2021 e o Orçamento para 2022, isto no âmbito da preparação para XVII congresso do PAICV, a acontecer nos dias 8, 9 e 10 de abril, onde, segundo a Inforpress, irá acontecer a apresentação da Moção de Estratégia de Orientação Política Nacional (CN) e as eleições do Conselho Nacional e da Comissão Nacional de Jurisdição e Fiscalização (CNJF).
“O PAICV é alternativa à governação e tem apresentado inclusivamente propostas que efetivamente no seu devido tempo irão ser apreciadas. Aliás, propostas foram apreciadas já nas autárquicas passadas, nós melhoramos o resultado ao nível das autárquicas, tínhamos duas câmaras e passamos a ter oito, mas também melhoramos o score eleitoral, relativamente às legislativas conseguimos aumentar mais um deputado e o candidato presidencial apoiado pelo PAICV conseguiu vencer à primeira volta”, disse.
Isto significa, segundo este responsável, que as propostas que o PAICV tem vindo a apresentar tem merecido acolhimento dos cabo-verdianos, por isso, acrescentou, o partido vai continuar a trabalhar para se apresentar como alternativa séria para os próximos embates eleitorais, tendo em conta o passado da governação do PAICV “que privilegia fundamentalmente a sociedade, a população na procura sempre de melhoria das condições de vida dos cabo-verdianos”.
“Como é sabido, estamos num ambiente extremamente desafiante, a situação de crise que o País atravessa neste momento coloca desafios importantes, portanto o PAICV vai (neste congresso) traçar um conjunto de estratégias no sentido de dar o seu contributo para ajudar o País a sair dessa situação de crise e, ao mesmo tempo, preparar o partido para os próximos embates eleitorais, a começar pelas autárquicas de 2024 e depois as legislativas de 2026”, acrescentou.
Segundo ainda a Inforpress, Julião Varela ressaltou ainda que no quadro da preparação deste congresso, várias estruturas regionais renovaram os seus mandatos e que a nível sectorial também tem havido renovação das estruturas de maneira que o partido irá se apresentar “bastante renovado” e com “bastante força” para enfrentar os desafios que o futuro coloca neste momento.
Questionado se está disponível para continuar como secretário-geral do PAICV, Julião Varela respondeu que esta é uma responsabilidade do presidente do partido.
“Ele é que tem a prerrogativa, nem será o congresso a fazer isso, será numa primeira reunião do conselho nacional após o congresso, de maneira que competirá a ele escolher. Nós temos um leque variado de militantes disponíveis e competentes para ajudar o partido a conseguir os seus objetivos”, frisou.
{{Presença da CPLP e de 381 delegados}}
Conforme o comunicado remetido a este jornal, o XVII Congresso do PAICV arranca, neste sexta-feira, prolongando-se até o dia 10, no Salão Nobre Abílio Duarte da Assembleia Nacional, na cidade da Praia. Entre os pontos da agenda do órgão máximo do partido consta a apreciação da Moção de Estratégia de Orientação Política Nacional para o triénio 2022-2025, já sufragada na última eleição direta para o alto cargo de Presidente do PAICV, ocorrida a 19 de dezembro de 2021.
«A reunião magna conta com a participação de 381 delegados, representando os militantes do Partido no país e na Diáspora, e de mais de uma centena de convidados permanentes. Será uma ocasião privilegiada para o PAICV debater a situação política, social e económica do País, num contexto profundamente marcado pelos impactos da pandemia da COVID 19 e, mais recentemente, da crise da guerra na Ucrânia, bem como propor as vias para enfrentar e vencer os desafios com que Cabo Verde se vê confrontado», destacou.
Da agenda consta ainda a eleição dos órgãos estatutários do PAICV - o Conselho Nacional e a Comissão Nacional de Jurisdição e Fiscalização -, que se juntam ao Presidente eleito, Rui Semedo, para conduzir os destinos do Partido nos próximos três anos. «Procederá, ainda, a uma análise reflexiva sobre o papel e a missão do PAICV e a organização partidária na conjuntura política contemporânea, tendo em vista a sua adequação aos desafios do Século XXI» refere o comunicado, anunciando que marcarão a presença no Congresso representantes de partidos políticos estrangeiros amigos do PAICV, nomeadamente de países da CPLP (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste).
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