O resultado foi uma declaração de sete páginas, designada "Declaração de Nova Iorque", que estabelece um plano faseado que insta os países a reconhecerem o Estado da Palestina, apela para o desarmamento do Hamas e prevê o governo da Autoridade Palestiniana.
Representantes de alto nível reuniram-se em Nova Iorque na segunda-feira numa conferência internacional, copresidida pela França e pela Arábia Saudita, na sede das Nações Unidas.
A conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), que foi adiada em junho e passou de líderes mundiais a ministros, criou oito grupos de trabalho de alto nível para apresentar propostas sobre uma vasta gama de temas relacionados com a solução de dois Estados.
O resultado foi uma declaração de sete páginas, designada "Declaração de Nova Iorque", que estabelece um plano faseado que insta os países a reconhecerem o Estado da Palestina, apela para o desarmamento do Hamas e prevê o governo da Autoridade Palestiniana.
O texto condena o ataque mortal de 7 de outubro do Hamas, no qual o grupo militante matou cerca de 1200 pessoas e fez cerca de 250 reféns. Cerca de 50 delas ainda estão detidas. Esta é a primeira condenação do Hamas por parte das nações árabes.
Condena também a ofensiva militar de Israel em Gaza, que matou mais de 60.000 palestinianos, e o seu "cerco e fome, que produziram uma catástrofe humanitária devastadora".
Os co-presidentes França e Arábia Saudita apelaram aos 193 Estados membros da ONU para que apoiem o documento antes do início da 80.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, que terá lugar em meados de setembro.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, opõe-se a uma solução de dois Estados e rejeitou a reunião, invocando preocupações de caráter nacionalista e de segurança. Os Estados Unidos, um dos principais aliados de Israel, também boicotam o evento.
A França e o Reino Unido já manifestaram anteriormente a sua intenção de reconhecer o Estado da Palestina, o que os alinharia com os 147 Estados membros da ONU que já o fizeram.
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou na semana passada que iria reconhecer a Palestina na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro, o que faria de França o primeiro país do G7 e membro permanente do Conselho de Segurança da ONU a fazê-lo.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse na terça-feira que a Grã-Bretanha reconheceria o Estado da Palestina antes da reunião de setembro se Israel não concordasse com um cessar-fogo e um processo de paz a longo prazo nas próximas oito semanas.
A Semana com Euronews