O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, defendeu esta quarta-feira, durante a visita à Namíbia, que os países africanos ricos em recursos naturais devem apostar na criação de valor e não apenas na exportação de matérias-primas.
"África não deve ser apenas uma fonte de matérias-primas, deve liderar a criação de valor e o crescimento sustentável, por isso apoiamos plenamente a Agenda 2063 de África para a industrialização", afirmou Modi na Assembleia Nacional da capital namibiana, Windhoek.
O líder do governo indiano sublinhou que o "compromisso" da Índia com o continente africano baseia-se "no respeito, na igualdade e no benefício mútuo" entre as duas partes.
"Não procuramos competir, mas sim cooperar. O nosso objetivo é construir juntos. Não tomar, mas crescer juntos", sublinhou, acrescentando que "a nossa aliança para o desenvolvimento em África tem um valor superior a 12 mil milhões de dólares [10,2 mil milhões de euros], mas o seu verdadeiro valor reside no crescimento e no propósito partilhados, por isso continuamos a desenvolver capacidades locais, a criar empregos locais e a apoiar a inovação local".
Na intervenção, Modi disse estar disposto a alargar a cooperação em matéria de defesa e segurança, pois "valoriza o papel de África nos assuntos mundiais" e lembrou que a Índia "defendeu a voz de África durante a presidência do G20" em 2023, ano em que o grupo das 20 nações mais industrializadas acolheu a União Africana como membro permanente.
Modi, que se reuniu com a presidente da Namíbia, Netumbo Nandi-Ndaitwah, foi distinguido com a Ordem da Mais Antiga Welwitschia Mirabilis, a mais alta condecoração civil do país sul-africano.
A visita à Namíbia marca o fim de uma viagem que, na última semana, levou Modi ao Gana, Trinidad e Tobago, Argentina e Brasil, onde participou na cimeira do grupo de economias emergentes BRICS, realizada nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro.
A Semana com Lusa
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