O presidente da Associação Ká Djidja, Pedro Matos, disse que a comunidade de Monte Grande, localizada a sul de São Filipe e cuja principal fonte de rendimento advém do sector agro-pecuário, tem recursos humanos adormecidos.
Além de um elevado número de quadros formados, o presidente da Associação Ká Djidja (casa Djidja, em português), Pedro Matos, referiu que a comunidade tem muitos recursos humanos não académicos ainda adormecidos.
“Essas pessoas são recursos estratégicos para a sobrevivência da própria comunidade e da região em geral em tempos de crise” afirmou Pedro Matos para quem em quaisquer circunstâncias o queijo produzido nesta comunidade desce para São Filipe e depois para as outras ilhas, independentemente do tempo que se apresente.
Segundo o mesmo é necessário pensar em trabalhar nesse produto e contar a história do queijo produzido em Monte Grande porque, explicou, as pessoas apenas comem o queijo, mas não percebem de onde veio, de que plantas as cabras foram alimentadas, quem é aquele pastor ou produtor de queijo.
“Há uma história que precisamos contar, das mulheres e homens que lutam e, independentemente dos desafios, vão atrás do pão para a família”, pontuou Pedro Matos que sublinhou que se trata de um trabalho louvável.
Caso haja investimento a nível institucional, crédito e políticas incentivadoras, Monte Grande dispõe de um recurso capaz de patrocinar o desenvolvimento da região através da história que está por trás do queijo que impressiona e convida a outros produtos.
No dizer de Pedro Matos os jovens não estão a ver o sentido de continuar porque é um trabalho muito duro e se não houver a valorização e uma contrapartida vão mesmo abandonar este sector.
A Semana com Inforpress
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