O Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) denunciou hoje a não publicação da lista provisória dos professores para efeitos da transição no âmbito do Plano de Carreira, Funções e Remuneração (PCFR), aprovado em Março último.
“O Governo, através do Ministério da Educação, tinha até dia 07 de Junho para tirar essa lista e comunicaá-la da forma como diz o diploma, porque nós não trabalhamos no Facebook, portanto isto demonstra uma incompetência total do ME”, frisou o líder do SINDEP.
Em conferência de imprensa citada pela Inforpress, na cidade da Praia, o presidente do sindicato, Jorge Cardoso, disse que o Ministério da Educação não respeitou o prazo legal de 90 dias para a elaboração e divulgação da lista nominativa provisória, conforme estabelece o artigo 17º, nº 1, alínea A do PCFR.
Segundo explicou, a lista deveria ter sido afixada em todas as delegações concelhias de educação e estabelecimento de ensino, que a integram, e enviado por correio electrónico do Estado a todo o pessoal docente e com conhecimento dos sindicatos representativos para eventual reclamação no prazo máximo de 45 dias.
Jorge Cardoso expressou preocupação com a forma como o Governo tem tratado o processo, nomeadamente ao expor os dados pessoais dos professores nas redes sociais, o que considera uma violação da protecção de dados.
“O Governo, através do Ministério da Educação, tinha até dia 07 de Junho para tirar essa lista e comunicaá-la da forma como diz o diploma, porque nós não trabalhamos no Facebook, portanto isto demonstra uma incompetência total do ME”, frisou.
Outro ponto crítico levantado pelo Sindep, prossegue a mesma fonte, foi a ausência de esclarecimento sobre a fórmula utilizada para cálculo do aumento salarial e a transição para o PCFR do pessoal docente, apontando que houve irregularidades na aplicação das promoções e progressões.
Segundo a mesma fonte, deve-se atribuir as promoções e depois aplicar os aumentos salariais e não o contrário.
O sindicalista também pediu explicações sobre o aumento salarial dos professores e a atribuição da respectiva percentagem.
Quanto à falta de diálogo, Jorge Cardoso criticou o cancelamento do encontro marcado com o Ministro da Educação, considerando que o processo decorre sem a necessária participação dos sindicatos e da própria classe docente.
“Este documento não serve a classe docente cabo-verdiana”, concluiu, reiterando a disponibilidade para colaborar na correcção das falhas e na defesa dos direitos dos professores, e anunciando a preparação de um novo caderno reivindicativo a apresentar ao próximo Governo.
Segundp ainda a Inforpress, o Sindep ameaçou recorrer a instâncias legais para garantir o cumprimento da lei e apelou ao respeito pelo estatuto especial dos professores, que, na sua opinião, “está a ser desconsiderado” com as actuais decisões governamentais.
Terms & Conditions
Report
My comments