domingo, 15 junho 2025

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Mundo nunca registou tantos conflitos armados desde 1946

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O mundo registou em 2024 o maior número de conflitos armados desde 1946, destronando o ano recorde de 2023, segundo um estudo norueguês publicado hoje, que alerta para os riscos do isolacionismo norte-americano.

 

O número de mortes manteve-se mais ou menos estável em comparação com 2023, em cerca de 129.000, fazendo de 2024 o quarto ano mais sangrento desde o fim da Guerra Fria em 1989, segundo o estudo.

 

No ano passado, foram registados 61 conflitos em 36 países, alguns dos quais foram dilacerados por vários conflitos ao mesmo tempo, segundo o Instituto de Investigação da Paz de Oslo (PRIO, na sigla em inglês).

Em 2023, os números foram de 59 conflitos em 34 países, de acordo com o relatório do PRIO, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

“Isto não é apenas um pico, é uma mudança estrutural. O mundo atual é muito mais violento e muito mais fragmentado do que era há 10 anos”, comentou a editora principal do relatório Siri Aas Rustad.

O relatório analisa as tendências no período de 1946-2024.

A África continua a ser o continente mais afetado, com 28 conflitos envolvendo pelo menos um país, seguida da Ásia (17), do Médio Oriente (10), da Europa (três) e das Américas (dois).

Mais de metade dos Estados afetados está dividida por dois ou mais conflitos.

O número de mortes manteve-se mais ou menos estável em comparação com 2023, em cerca de 129.000, fazendo de 2024 o quarto ano mais sangrento desde o fim da Guerra Fria em 1989, segundo o estudo.

O número de mortos em 2024 foi impulsionado pelas guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza, mas também pelos confrontos na região etíope de Tigray.

“Este não é o momento para os Estados Unidos, ou qualquer outra grande potência mundial, se fecharem sobre si próprios e renunciarem ao envolvimento internacional”, afirmou Siri Aas Rustad.

A editora considerou que o isolacionismo, “face à violência crescente no mundo, seria um erro profundo com consequências humanas duradouras”, referindo-se em particular à linha “America First” (A América primeiro) defendida pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

Siri Aas Rustad defendeu ser um erro pensar que o mundo “pode olhar para o outro lado”.

“Seja sob a presidência de Donald Trump ou de uma futura administração, abandonar a solidariedade global agora significaria abandonar a própria estabilidade que os Estados Unidos ajudaram a construir depois de 1945”, afirmou.

O estudo baseia-se em dados compilados pela Universidade de Uppsala, na Suécia.

A Semana com Lusa

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