O Governo cabo-verdiano lançou quarta-feira um portal digital para facilitar o acesso dos jovens a oportunidades de formação, emprego e apoio ao empreendedorismo, criando também um espaço de diálogo entre instituições e cidadãos.
"Agora temos um ecossistema mais próximo de nós. É como se fosse uma casa onde, desde os centros de formação às instituições de apoio técnico e financeiro, todos estão reunidos numa sala com a porta aberta, permitindo conversar diretamente com cada entidade", explicou o governante. Eurico Monteiro.
"Com o lançamento do portal Kre+ [querer mais], o Governo pretende reunir numa sala virtual todos os elementos do ecossistema do emprego e da formação profissional, colocando-os a conversar entre si e com o público", afirmou o ministro da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial, Eurico Monteiro.
Através do endereço https://kremais.gov.cv/ é possível aceder a informações e serviços digitais sobre formação profissional, emprego e empreendedorismo, num espaço moderno, inclusivo e interativo que visa impulsionar o desenvolvimento pessoal, profissional e empreendedor dos jovens cabo-verdianos.
"Agora temos um ecossistema mais próximo de nós. É como se fosse uma casa onde, desde os centros de formação às instituições de apoio técnico e financeiro, todos estão reunidos numa sala com a porta aberta, permitindo conversar diretamente com cada entidade", explicou o governante.
O portal é promovido pelo Ministério da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial em estreita colaboração com as entidades do setor do emprego e da formação.
A Semana com Lusa
Pro-Emprego? Pro-Forma! Cadê o trabalho ou é só mais um Pro-******-Que-os-Pariu?
Cadê o emprego? Não é só sarcasmo, é mesmo grito. Porque a cada novo anúncio do governo, a sensação é a mesma: mais um portal, mais uma cerimónia com discursos de autoelogio, mais uma tentativa de fazer parecer que algo está a ser feito… quando no fundo, está tudo na mesma.Agora lançaram o “Krê+”. Um nome que soa a esperança, mas que ainda não alimenta ninguém. Dizem que vem para “facilitar o acesso dos jovens à formação e emprego”. Mas alguém parou para pensar no que isso realmente quer dizer para quem já bateu de porta em porta com um diploma na mão e desilusão nos olhos?
A maioria dos jovens não precisa de outro site para criar uma conta. Precisa de oportunidades reais. Precisa de empresas que contratem, precisa de salários dignos, precisa de estabilidade. Não precisa de mais formação só para fazer tempo, nem de estágios sem fim com promessas que nunca se concretizam.
É fácil falar de juventude enquanto se está sentado num gabinete com ar-condicionado, mas muito difícil ouvir os que todos os dias enfrentam um mercado de trabalho apertado, desigual, e muitas vezes injusto. O emprego não aparece com um clique. Não se gera com vídeos institucionais nem com templates coloridos. Gera-se com políticas sérias, com investimento na economia local, com visão para o futuro — e com coragem para mexer nas coisas que realmente bloqueiam o crescimento.
“Cadê o emprego?” devia ser a pergunta que o próprio governo faz a si mesmo, todos os dias, com vergonha na cara e pressa de fazer melhor. Porque o que os jovens querem, mais do que um site, é dignidade. Querem construir vida, não perfis em plataformas.
Mas pronto. Ficamos com mais um portal, mais um nome bonito, mais uma nota de imprensa. E mais um vazio, daqueles que nem a melhor internet preenche.
E já agora, Pro-Capital, Pro-Garante, Pro-Empresa… agora Pro-Emprego. A cada “Pro” uma nova promessa embrulhada em marketing e disfarçada de solução. Mas e resultados? Zero. É tanto “Pro” que já parece ginástica política. E que tal um Pro-******-Que-os-Pariu**, para brindar todos esses Pros-Enganação que andam a brincar às políticas públicas enquanto o povo conta moedas para meter arroz no prato? Porque no fim do dia, o que falta mesmo é vergonha e vontade – não plataformas!
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