domingo, 15 junho 2025

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Banco de Cabo Verde sugere microfinanças digitais, Techpark mostra ferramentas

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O Banco de Cabo Verde (BCV) considera que o setor das microfinanças não está a acompanhar o desenvolvimento digital no resto do mundo, mas o novo parque tecnológico do arquipélago anunciou ferramentas que podem mudar o cenário.

 

“Temos lançado ‘hackatons’ com desafios reais”, ou seja, encontros de programadores e empreendedores em que são apresentados cenários que precisam de ser atendidos com aplicações ou outras soluções digitais inovadoras.

 

 

Em Cabo Verde, algumas instituições de microfinanças já iniciaram o processo de digitalização, especialmente na área de crédito, contudo, o setor como um todo ainda não apresenta a mesma dinâmica observada a nível internacional”, lê-se no mais recente relatório sobre o segmento, consultado pela Lusa.

A aposta na digitalização dos produtos e serviços “poderá apresentar-se como uma oportunidade”, porque as tendências mundiais de digitalização, inclusão financeira e sustentabilidade “têm o potencial de transformar, significativamente, a oferta de produtos e serviços, tornando-os mais acessíveis e eficientes”. 

O BCV dá exemplos de produtos que já existem noutros países: carteiras digitais, 'mobile money', aplicações de empréstimos 'online', avaliação automatizada de crédito, educação financeira digital e gestão digital de portfólio de empréstimos. 

“Esses serviços podem reduzir os custos operacionais e ampliar o acesso aos serviços financeiros, especialmente em áreas remotas”, como acontece nalgumas ilhas cabo-verdianas, com população frequentemente na dependência de remessas de emigrantes para atividades diárias.

Questionado pela Lusa, Carlos Monteiro, presidente do Techpark, referiu que a área de incubação de empresas que está em desenvolvimento no recém-inaugurado Parque Tecnológico de Cabo Verde e poderá ser a chave para encontrar soluções digitais para as microfinanças do arquipélago.

Aquele responsável dá exemplos de projetos que ali estão a nascer para tentar responder a necessidades de outras entidades, como a Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC) ou a Empresa de Distribuição de Eletricidade (EDEC, antiga Electra).

“Temos lançado ‘hackatons’ com desafios reais”, ou seja, encontros de programadores e empreendedores em que são apresentados cenários que precisam de ser atendidos com aplicações ou outras soluções digitais inovadoras.

“Uma ‘startup’ surgiu numa formação em contexto laboral, em que a BVC apresentou um problema” e uma equipa “apresentou um modelo” de solução – modelo que ganhou autonomia para lá da formação e está agora a ser desenvolvido no Techpark, com apoio da Bolsa de Valores.

Noutro caso, a empresa de distribuição de energia procurou soluções para combater as perdas de eletricidade, “houve ‘startups’ que quiseram abraçar o problema e surgiram soluções” que agora passam pela fase de incubação, pelo tempo que for necessário, “até à maturidade” do produto, com apoio da EDEC.

“É um modelo tripartido”, refere Carlos Monteiro, em que há uma necessidade, inovadores e o parque, com infraestruturas e condições para o desenvolvimento.

As 'fintech', tecnologias digitais, com aplicações populares como MB Way, PayPal ou Revolut, têm crescido em todo o mundo e são uma das áreas que se cruza com o ecossistema do Techpark.

“Há toda uma nova geração que domina ferramentas digitais” e, por outro lado, “para países com tradição de muita informalidade e pessoas não bancarizadas, essas ‘fintech’ podem ser uma ajuda e um canal mais acessível” para a inclusão financeira, referiu.

Cabo Verde tem sete instituições de microfinanças (cinco cooperativas e duas mutualidades), com 10.359 clientes ativos e 4.024 membros depositantes.

Os seus ativos representaram 0,54% do Produto Interno Bruto (PIB) e 0,38% do total de ativos do sistema financeiro do arquipélago, mas, apesar da reduzida percentagem, o relatório do BCV indica que o setor tem uma “importante função social”.

A Semana com Lusa

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