O proprietário da escola de condução Sverde de Txom Bom, no concelho de Tarrafal de Santiago, João Carlos Martins, iniciou uma greve de fome há 48 horas devido à alegada injustiça que vem sofrendo por parte da Direção Geral dos Transportes Rodoviários de Santiago Norte.
Martins procurou este jornal para denunciar o motivo principal que o levou à esta greve de fome, em que apenas vem bebendo um pouco de água. Segundo explicou, tudo se deve «ao fato de não estar sendo tomadas medidas para resolver os seus problemas e também da alegada injustiça praticada pela DGTR em relação à sua escola».
O grevista contou que lhe «foi negado de forma arbitrária durante 4 meses, assistir exame dos seus alunos pelo Diretor Geral dos transportes Rodoviários da região norte da ilha de Santiago». É que, conforme ele, a situação só veio a reverter depois de enviar um email à DGTR, ameaçando fazer greve de fome irreversível caso a situação continuar.
“Só depois de ter enviado um email à DGRT, ameaçando fazer esta greve de fome caso não mudassem a situação, é que me deixaram assistir exames com os meus alunos. Fiz isso depois de um encontro que tive com o ministro Paulo Rocha, onde me disse que o delegado da DGTR de Santiago Norte alegou ter sido ameaçado por mim. E pergunto porque é que não fizeram um processo disciplinar contra a tal ameaça que referiram”, questionou, dizendo que veio descobrir que o delegado não o deixava assistir exames com os seus alunos para poder fazer “campanhas contra ele”.
Um outro motivo que levou João Carlos a fazer greve de fome, conforme explica, é que lhe foi negada autorização para abrir um curso de formação de instrutores e foi dada autorização a uma outra escola para lecionar a mesma formação, abrindo o curso 4 meses antes sem autorização. Isto apenas para fazer com que o projeto dele não avançasse, porque conforme adianta, o seu projeto foi apresentado antes o da outra escola.
Contudo, esse proprietário da escola de condução no Tarrafal, disse que vem tendo algumas consequências com a injustiça sofrida pela Direção Geral dos Transportes Rodoviários, como diminuição de inscrição e de alunos, redução de aulas práticas e dívidas que a escola vem contraindo com tudo isso.
Tendo levado os problemas ao conhecimento do ministro, Martins diz não entender por que Paulo Rocha não estar a tomar nenhuma decisão e nem fazer algo para resolver o seu problema.
Indignado com essa situação, João Carlos Martins pede que sejam tomadas medidas por quem de direito, «para que situações do tipo não volte a acontecer com ele ou com outras escolas de condução».
Por não ter sido possível no momento do fecho desta peça, este jornal conta ouvir, numa das próximas edições, a reação da GTR de Santiago Norte sobre as denúncias referidas.
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