segunda-feira, 11 agosto 2025

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Gabinete de Segurança de Israel aprova planos para assumir controlo da cidade de Gaza

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O gabinete de segurança de Israel aprovou a tomada de controlo da cidade de Gaza, numa nova escalada da guerra. Netanyahu observou anteriormente que Israel planeava tomar o controlo de todo o enclave e, eventualmente, entregá-lo a "forças árabes amigas" em vez do Hamas.

O gabinete de segurança de Israel aprovou planos para o controlo da cidade de Gaza, no norte do enclave. O gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, anunciou os planos depois de altos funcionários do gabinete de segurança se terem reunido durante horas, na quinta-feira à noite e na madrugada desta sexta-feira, para debater a controversa questão.

A decisão marca mais uma escalada significativa na ofensiva militar de 22 meses de Israel na Faixa de Gaza, que já matou pelo menos 61.258 palestinianos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas.

A guerra exaustiva também deslocou internamente os dois milhões de habitantes de Gaza, muitos deles várias vezes, reduziu o território a escombros, com a ONU a estimar que mais de 60% dos edifícios e infraestruturas críticas foram destruídos, e empurrou a maioria dos habitantes de Gaza para uma situação de fome.

Na quinta-feira, Netanyahu negou que Israel tivesse qualquer intenção de controlar permanentemente toda a Faixa de Gaza.

"Não queremos mantê-la. Queremos ter um perímetro de segurança", explicou à Fox News, antes da reunião do gabinete de segurança.

"Não queremos governá-la. Não queremos estar lá como órgão governamental."

Disse ainda que Israel pretendia entregar a Faixa de Gaza a uma coligação de forças árabes que seriam responsáveis pela sua governação.

Netanyahu insistiu que o controlo total de Gaza é necessário para eliminar o Hamas.

Em comunicado, o Hamas criticou as declarações de Netanyahu sobre o controlo militar total de Gaza, chamando-o de “golpe”, enquanto as negociações de cessar-fogo continuam instáveis.

O Canal 12 de Israel tinha noticiado anteriormente que o presidente dos EUA, Donald Trump, não se opunha aos planos de Netanyahu para o controlo de toda a Faixa de Gaza, mas o canal informou, na quinta-feira, que um alto funcionário dos EUA tinha confirmado que o governo Trump não apoia a anexação do território por Israel.

 

Oposição das forças armadas

A ideia para um controlo militar total de Gaza expôs uma divisão entre as Forças de Defesa de Israel (IDF) e o governo, com o chefe do Estado-Maior, o tenente-general Eyal Zamir, a alertar, na quinta-feira, que o plano colocaria em risco a vida dos reféns e sobrecarregaria ainda mais as forças armadas.

Zamir tem entrado em conflito repetidamente com o gabinete de segurança nos últimos dias, principalmente em relação à proposta relativa a Gaza.

Isso levou Netanyahu a dizer, numa publicação no X, que, se ele se opusesse aos planos, poderia renunciar ao cargo.

"Não estamos a lidar com teoria; estamos a lidar com questões de vida ou morte, com a defesa do Estado, e fazemo-lo olhando diretamente nos olhos dos nossos soldados e dos cidadãos do país", referiu Zamir, que afirmou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) estão "agora a aproximar-se das fases finais" da guerra contra o Hamas.

"Pretendemos derrotar e derrubar o Hamas. Continuaremos a agir tendo em mente os nossos reféns e faremos tudo para trazê-los de volta para casa", destacou Zamir.

Preocupações de que uma ofensiva ampliada possa colocar em risco a vida dos reféns que ainda resistem também foram expressas pelas suas famílias em Israel.

Na quinta-feira de manhã, quase duas dúzias de familiares dos reféns partiram do sul de Israel em direção à fronteira marítima com Gaza, onde transmitiram mensagens, com recurso a altifalantes, em barcos para os seus parentes na Faixa de Gaza, denunciando o plano de Netanyahu no sentido de expandir as operações militares.

Os israelitas também organizaram protestos em Jerusalém e Telavive, temendo que qualquer escalada militar em Gaza pudesse condenar os seus entes queridos.

Yehuda Cohen, pai de Nimrod Cohen, um soldado israelita mantido refém em Gaza, disse, a partir do barco, que Netanyahu está a prolongar a guerra para satisfazer os extremistas do seu governo e impedir que este entre em colapso.

"Netanyahu está a trabalhar apenas para si mesmo", considerou, implorando à comunidade internacional que pressione Netanyahu para que cesse a guerra e salve o seu filho.

 

A Semana com Euronews 

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Semedo
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O Carlos Fias, que tem dado a cara ás balas, é que vsi ser o nosso futuro Presidente da Camara da Praia?

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Freud já explicava: quando o ego é frágil e o pénis é pequeno, vêm os impulsos de destruição. Trump manda submarinos ...

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