sábado, 19 abril 2025

I INTERNACIONAL

Alterações climáticas e ondas de calor estão a dizimar oxigénio nos lagos

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O aquecimento climático a longo prazo e a frequência crescente de ondas de calor a curto prazo estão a reduzir significativamente os níveis de oxigénio dissolvido (OD) nos lagos de todo o mundo.

Os ecossistemas de água doce requerem níveis adequados de oxigénio para sustentar a vida aeróbica e manter comunidades biológicas saudáveis.

Um estudo publicado na Science Advances, liderado pelos professores Shi Kun e Zhang Yunlin do Instituto de Geografia e Limnologia de Nanquim, da Academia Chinesa de Ciências, em colaboração com investigadores da Universidade de Nanquim e da Universidade de Bangor (Reino Unido), quantifica os efeitos do aquecimento climático contínuo e da intensificação das ondas de calor nos níveis de OD à superfície em lagos de todo o mundo.

A equipa de investigação utilizou um conjunto de dados abrangente e aplicou um modelo baseado em dados para analisar as variações de OD à superfície em mais de 15.000 lagos nas últimas duas décadas.

O estudo revela uma diminuição generalizada das concentrações de OD à superfície, com 83% dos lagos estudados a apresentarem desoxigenação significativa.

A taxa média de desoxigenação nos lagos excede a dos oceanos e rios, o que sublinha a gravidade do problema, noticiou na segunda-feira a agência Europa Press.

Os investigadores exploraram ainda mais o papel do aquecimento global e da eutrofização na determinação das concentrações de oxigénio dissolvido (OD) à superfície.

As suas descobertas indicam que o aquecimento global, ao reduzir a solubilidade do oxigénio, contribui para 55% da desoxigenação da superfície global.

Enquanto isso, o aumento da eutrofização é responsável por aproximadamente 10% da perda global total de oxigénio à superfície.

Foram também analisadas as tendências históricas nas ondas de calor, avaliando quantitativamente o seu impacto nos níveis de OD à superfície.

O estudo mostra que as ondas de calor exercem efeitos rápidos e pronunciados na redução do OD da superfície, resultando numa redução de 7,7% do OD da superfície em comparação com as condições climáticas médias.

Estas descobertas sublinham o profundo impacto das alterações climáticas nos ecossistemas de água doce, enfatizando a necessidade urgente de estratégias de mitigação e adaptação para preservar os ecossistemas lacustres em todo o mundo.

O estudo fornece informações cruciais para os decisores políticos e gestores ambientais que trabalham para combater a crescente ameaça da desoxigenação da água doce.

A Semana com Lusa

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