Cabo Verde está a elaborar mapas que assinalam as zonas de risco de derrocadas, cheias, secas e outros desastres ligados às alterações climáticas, com cinco municípios piloto já cartografados, anunciou o Governo.
“Estas cartas serão ferramentas essenciais para a gestão territorial, permitindo que as autoridades possam planear e implementar estratégias eficazes de mitigação e adaptação às mudanças climáticas”, explica-se no portal, consultado pela Lusa. A cartografia de risco servirá também para “orientar as políticas públicas para a resiliência do território face aos desafios climáticos”.
Brava, Boa Vista, Ribeira Brava de São Nicolau, Praia e Mosteiros dispõem de mapas no Portal do Clima de Cabo Verde (portaldoclima.gov.cv), mostrando, numa escala colorida (de verde, baixo risco, a vermelho, perigo), qual a exposição de cada parcela de território a cada tipo de eventualidade.
A iniciativa é dirigida pelo Instituto Nacional de Gestão do Território (INGT) cabo-verdiano com apoio da cooperação luxemburguesa.
Para a elaboração dos mapas dos restantes municípios estão previstas mais missões com deslocação de técnicos ao terreno, nas próximas semanas.
A cartografia vai ser disponibilizada, em junho, na Infraestrutura de Dados Espaciais de Cabo Verde (IDE-CV) e noutros meios de divulgação.
“Estas cartas serão ferramentas essenciais para a gestão territorial, permitindo que as autoridades possam planear e implementar estratégias eficazes de mitigação e adaptação às mudanças climáticas”, explica-se no portal, consultado pela Lusa.
A cartografia de risco servirá também para “orientar as políticas públicas para a resiliência do território face aos desafios climáticos”.
Cabo Verde faz parte do grupo de Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS, sigla inglesa) que partilham riscos acrescidos face à subida do nível do mar, entre outras consequências das alterações climáticas.
Os SIDS têm defendido a reavaliação de fatores de ponderação no acesso a financiamento climático, dado a disparidade entre o tamanho das respetivas economias (logo, das garantias que podem oferecer a financiadores) e os riscos de desastres.
Os principais sinais das alterações climáticas bateram recordes no ano passado, confirmou, na quarta-feira, uma equipa internacional de cientistas da Organização Meteorológica Mundial, alertando que algumas das suas consequências “serão irreversíveis durante centenas, se não milhares de anos”.
Cabo Verde lançou o Portal do Clima, dedicado à temática, (portaldoclima.gov.cv) onde explica que, este ano, dará passos fundamentais “na governança e na transparência climática” com a elaboração de diversos relatórios alinhados com os padrões internacionais.
A Semana com Lusa
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