terça-feira, 01 julho 2025

I INTERNACIONAL

Guiné-Bissau: Campanha eleitoral arranca com grave tensão política

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A crise acentua-se na Guiné-Bissau com a existência de dois primeiros-ministros e dois Governos. Doze candidatos concorrem às eleições presidenciais de 24 de novembro. Campanha vai decorrer até 22 de novembro.

Segundo descreve a DW-África, a campanha eleitoral para as presidenciais de 24 de novembro na Guiné-Bissau começa este sábado (02.11) no meio de uma grave tensão política, com a existência de dois primeiros-ministros e dois Governos.

Doze candidatos aprovados pelo Supremo Tribunal de Justiça participam na campanha que vai decorrer até 22 de novembro, entre eles, o atual chefe de Estado, José Mário Vaz, o presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, Domingos Simões Pereira, o general Umaro Sissoco Embaló, do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Nuno Nabiam, presidente da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau, e o antigo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.

José Mário Vaz decidiu arrancar a campanha eleitoral no norte do país, em Pitche, Gabu, enquanto Domingos Simões Pereira escolheu Buba, no sul. Carlos Gomes Júnior faz um comício em Bissau, onde também arranca a candidatura de Nuno Nabiam. O general Umaro Sissoco Embaló inicia a campanha eleitoral em Espanha, acompanhado do coordenador nacional do Madem-G15, Braima Camará, em contatos com a diáspora guineense.

Crise política

Segundo a mesma fonte, a campanha eleitoral na Guiné-Bissau começa num ambiente de grande instabilidade. Na quinta-feira passada (31.10), o Presidente guineense deu posse a um novo Governo, chefiado por Faustino Imbali, depois de ter demitido o Governo liderado por Aristides Gomes na segunda-feira.

A União Africana, a União Europeia, a Comunidade Económica de Desenvolvimento dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e as Nações Unidas já condenaram a decisão do Presidente e declararam que apenas reconhecem o Executivo saído das eleições legislativas de 10 de março, que continua em funções.

O Governo de Aristides Gomes já disse que não reconhece a decisão de José Mário Vaz, por ser candidato às eleições presidenciais e por seu mandato ter terminado a 23 de junho, tendo ficado no cargo por decisão da CEDEAO. Uma missão da CEDEAO chega este sábado ao país para tentar mediar a crise.

Suspensão

O Governo de Faustino Imbali suspendeu o comissário-geral da Polícia de Ordem Pública da Guiné-Bissau, Armando Nhaga, segundo informações da agência de notícias Lusa. A ordem de suspensão, que tem data de 01 de novembro, é assinada pelo ministro do Interior, António Tchama.

"Tendo em conta a necessidade de adequar os serviços do Ministério do Interior à nova dinâmica que se impõem com a nomeação do novo Governo, atento ao imperativo do momento político corrente no país. O ministro do Interior, no uso das competências que a lei lhe confere, determina suspender por despacho interno, o comissário-geral da Polícia de Ordem Pública, comissário Armando Nhaga", refere a ordem.

Em entrevista à Lusa, o comissário Armando Nhaga disse que é um "funcionário público vinculado às normas e foi nomeado pelo Conselho de Ministros de um Governo constitucional" e continua no seu posto a cumprir as suas obrigações. O comissário sublinhou que não vai acatar nenhuma ordem que não seja legal, refere a fonte referida.

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lucas
4 days 8 hours

Vamos falar claro. Violência sexual contra crianças não é um problema invisível. Está à vista de todos — e está a ...

jcf
4 days 14 hours

Se quer mesmo estudar a história africana, Elsa, aqui vai a bibliografia que deveria ter lido antes de escrever esse panflet ...

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