A África do Sul anunciou que Arábia Saudita, Irão, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos (UAE) são membros de pleno direito do grupo de países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Em conferência de imprensa, em Pretória, a chefe da diplomacia sul-africana, Naledi Pandor, adiantou que o novo Governo da Argentina recusou integrar o bloco como membro de pleno direito.

“A Argentina indicou por escrito que não dará seguimento a este pedido (...) da administração anterior para se tornar membro pleno do BRICS e aceitamos a sua decisão”, declarou Pandor na conferência de imprensa na capital, na quarta-feira, citada pelos 'media' locais.

Em agosto do ano passado, os chefes de Estado e de Governo do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul decidiram numa Cimeira, em Joanesburgo, alargar o bloco regional a partir de 01 de janeiro deste ano.

A chefe da diplomacia sul-africana anunciou que 34 países manifestaram por escrito interesse em aderir também ao bloco junto da Rússia, que este ano assume a presidência, depois da África do Sul.

Naledi Pandor indicou também à imprensa que os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países BRICS estão a desenvolver um modelo de “país parceiro” do BRICS para “acomodar 17 países que não foram aceites como membros plenos”.

A ministra sul-africana anunciou que na próxima cimeira a realizar na Rússia os ministros das Finanças dos BRICS, juntamente com os governadores dos bancos centrais dos respetivos países vão apresentar um modelo financeiro que permita aos países membros do bloco utilizarem as suas moedas nacionais nas trocas comerciais no seio do bloco e também em plataformas internacionais de pagamento.

A ministra das Relações Exteriores e Cooperação da África do Sul frisou que os países BRICS consideram o atual sistema de pagamentos internacionais, predominantemente baseado em dólares, “injusto e dispendioso”.

A Semana com Lusa

02 de Fevereiro 2024