quinta-feira, 19 setembro 2024

E ECONOMIA

São Vicente: Mais de 900 tubarões identificados em programa que pretende alertar para consciencialização e medidas de preservação 

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 A Biosfera Cabo Verde já identificou no Programa de Tubarões e Raias mais de 900 indivíduos em três ilhas do arquipélago e que agora precisam ser preservados através da consciencialização e de medidas públicas.

O repto foi lançado pelo coordenador do projecto, Steven Pires, que, em entrevista à Inforpress, disse ser com “muito gosto” que a Biosfera decidiu dar continuidade à iniciativa da Universidade Dalhousie, de Canadá, na qual se pretendia, entre 2015 e 2017, fazer a marcação de tubarões em território cabo-verdiano através de um sistema acústico.

Em 2019, a Organização Não Governamental (ONG) ambiental retomou o programa com mais expedições à Santa Luzia, para investigação e marcação de espécies como o tubarão Viola Barba Negra, redescoberto na reserva deserta pelo projecto de Canadá, e o Tubarão Doninha do Atlântico, os dois considerados em perigo de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

“Desde então, temos feito estas expedições para saber mais sobre a população, habitat, biologia, não somente destas duas espécies alvo do projecto, mas, também de outras espécies em geral”, explicou a mesma fonte, adiantando estarem a utilizar vários métodos, entre estes, a marcação externa com uma etiqueta com informações sobre o animal.

Com o método de marcação externa, a ONG, assegurou, já conseguiu identificar “mais de 500 indivíduos”, sendo que, do grupo, 40 por cento (%) (230 indivíduos) são Viola Barba Negra, e 15% são Tubarão-Doninha (87 indivíduos), localizados em São Vicente e Santa Luzia.

“Através destes números, podemos dizer que tanto Santa Luzia, como São Vicente, têm áreas de importância global e que podem ser considerados como áreas berçário para a espécie Viola Barba Negra e tubarão Doninha do Atlântico”, argumentou Steven Pires, enaltecendo a divulgação dos dados para maior conhecimento da população e tomada de medidas “mais eficazes de gestão” por parte do Governo.

Contudo, desde 2022, a Biosfera tem estado também a aplicar o método BRUVs (Baited Remote Underwater Video Systems, designação em inglês) e que, conforme o biólogo, permitiu “mais de 400 observações” e identificação de mais de dez espécies, nas ilhas de São Vicente, Santa Luzia e também São Nicolau, e que merecem ser preservadas.

Questionado sobre as ameaças enfrentadas, Steven Pires asseverou que, no caso de Cabo Verde, são as mesmas colocadas a nível mundial, como a sobrepesca, a captura para se aproveitar apenas as barbatanas, a perda dos habitats e a questão da poluição.

“Mas, em Cabo Verde ainda há muito que estudar e pesquisar para se saber as reais causas do desaparecimento das espécies de tubarões”, assinalou.

Daí, segundo a mesma fonte, a intenção da Biosfera é dar continuidade ao programa que pretendem tornar de cariz mais nacional.

“Que outras instituições, outras ONG possam implementar estes métodos e a forma de fazer o estudo e em conjunto as ONG terem mais peso aquando da tomada de decisões e ter a influência necessária nas decisões por parte do Governo”, enalteceu.

A ideia, ajuntou, é contrariar a previsão de extinção e fazer com que os tubarões tenham, a médio e longo prazo, “uma população estável e saudável e um habitat onde podem se prosperar”. A Semana com Inforpress

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Colunistas

Opiniões e Feedback

joao neves2
7 days 8 hours

Porquê que as eleições têm de ser realizadas apenas num Domingo? O Governo não pode conceder tolerância de ponto?

D. G. WOLF
16 days 3 hours

A Guiné-Bissau é uma espinha atravessada na garganta dos cabo-verdianos.

JP
20 days 5 hours

hehehe SATANÁS ta inspeciona DEMONIOS hehehe Só trossa propi

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