terça-feira, 03 dezembro 2024

E ECONOMIA

Populações de animais selvagens diminuíram 73% em 50 anos

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 

As populações de animais selvagens monitorizadas diminuíram 73% nos últimos 50 anos, especialmente as de água doce, alerta o "Índice Planeta Vivo", da organização ambientalista internacional "World Wide Fund for Nature" (WWF).

Com o título "Um sistema em Perigo", o relatório de 2024 da WWF, em 15.ª edição, faz uma análise das tendências da biodiversidade global e da saúde do planeta, monitorizando a evolução das espécies e conclui que "a natureza está a perder-se".

 

A WWF alerta que todos os indicadores que acompanham o estado da natureza à escala global mostram um declínio.

O Índice, que se baseia em quase 35.000 tendências populacionais de 5.495 espécies de anfíbios, aves, peixes, mamíferos e répteis, conclui que as populações de água doce sofreram os maiores declínios, com uma redução de 85%, seguidas das populações terrestres (69%) e marinhas (56%).

Os declínios mais rápidos aconteceram na América Latina e nas Caraíbas, "um declínio preocupante de 95%", seguindo-se África (76%), e a Ásia e Pacífico (60%).

Ao contrário, as quebras foram menores na Europa e na Ásia Central (35%) e na América do Norte (39%). Mas segundo a explicação da WWF tal se deve a que os impactos já eram evidentes antes de 1970 (os dados do índice são sobre os últimos 50 anos) nestas regiões e depois disso houve melhorias graças a esforços de conservação.

O relatório indica também que em cada região as principais ameaças são a degradação e a perda de habitat, especialmente devido ao sistema alimentar, seguindo-se a sobre-exploração, as espécies invasoras e as doenças, e depois as alterações climáticas e a poluição.

A WWF lembra que foram estabelecidos objetivos globais para "um futuro próspero e sustentável", como travar e reverter a perda de biodiversidade, limitar o aquecimento global a 1,5ºC, erradicar a pobreza e garantir o bem-estar humano. E lembra também que os compromissos atuais estão muito aquém do necessário para atingir essas metas em 2030.

Atualmente, salienta a WWF, mais de metade das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030 não serão atingidas, com 30% delas estagnadas ou piores em relação à linha de base de 2015.

Os compromissos nacionais sobre o clima, diz a organização internacional, levariam a uma subida de temperatura de 3ºC até fim do século e as estratégias nacionais de biodiversidade também são inadequadas.

Em Portugal, assinala o Índice, "a ação continua aquém das metas", faltando medidas "mais ambiciosas" para aumentar capacidade de sumidouro do dióxido de carbono e para reduzir as emissões dos transportes e agricultura.

Ressalva a associação no comunicado que abordar os objetivos em termos globais abre muitas oportunidades potenciais para, simultaneamente, conservar e restaurar a natureza, atenuar e fazer adaptação às alterações climáticas e melhorar o bem-estar humano.

Em Portugal, refere o relatório da WWF, 22,3% da área terrestre do continente está formalmente classificada como Área Protegida e/ou Rede Natura 2000, e apenas 4% do mar português como Área Marinha Protegida. Em termos mundiais os valores são, respetivamente, 16% e 8%.

 A Semana com Lusa

120 Characters left


Colunistas

Opiniões e Feedback

Saro
12 days 7 hours

A dedicação do candidato Júlio Lopes à melhoria do nível de vida na ilha é visível para todos. Os temas abordados nes ...

David Dias
21 days 3 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
23 days 2 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

Pub-reportagem

publireport

Rua Vila do Maio, Palmarejo Praia
Email: asemana.cv@gmail.com
asemanacv.comercial@gmail.com
Telefones: +238 3533944 / 9727634/ 993 28 23
Contacte - nos