O presidente do PAICV afirmou hoje, durante o debate parlamentar com o Primeiro-ministro, que a transparência é incompatível com a situação recente da aquisição do avião da Guarda Costeira, em que foram tornados públicos três preços de compra, cada um mais elevado que o outro, e sem se saber, ao certo, qual o preço verdadeiro deste negócio.
Segundo disse no país a transparência mais de que uma simples necessidade é um imperativo moral. “Desde logo, porque temos uma larga franja da população a viver na pobreza, mas também porque temos uma elevada taxa de desemprego, porque a população tem um baixo rendimento, porque vivenciamos uma grande desigualdade social, porque temos um elevado nível de exclusão, mas também ainda porque temos um baixo nível de acesso a bens essenciais que garantam uma vida com maior dignidade”,explicou .
«TRANSPARÊNCIA é incompatível com a situação recente da aquisição do avião da guarda costeira em que foram tornados públicos três preços de compra, cada um mais elevado que o outro, e sem sabermos, ao certo, qual o preço verdadeiro deste negócio. Deixo aqui este exemplo elucidativo e concluo com a ideia de que a TRANSPARÊNCIA deve significar um maior diálogo com os cabo-verdianos e o seu envolvimento sério, leal e comprometido em todas as fases da governação.Fazendo isso estaremos a recuperar a confiança perdida nos labirintos da astúcia e da mistura perigosa dos interesses públicos com os particulares, pessoais ou até de grupos», fez questao de alertar o líder do maior partido da oposição em Cavo Verde.
Rui Semedo, que é também deputado da nação, salientou que a TRANSPARÊNCIA deve significar um maior diálogo com os cabo-verdianos e o seu envolvimento sério, leal e comprometido em todas as fases da governação. “Fazendo isso estaremos a recuperar a confiança perdida nos labirintos da astúcia e da mistura perigosa dos interesses públicos com os particulares, pessoais ou até de grupos”, disse o lider do maior partido da oposição no debate com o Primeiro-ministro sobre a Transparência e o Desenvolvimento.
Semedo referiu que a propósito dos transportes todos estão cientes que exigem avultados investimentos, mas que todos os cabo-verdianos tèm que saber, de forma clara, que investimentos estamos a fazer,que compromissos o Estado já assumiu, qual é o programa de investimentos, qual a planificação feita, que resultados nos espera e quando vamos ter, de facto, uma solução mais estruturada e mais consolidada para a necessidade do país.
Acrescentou que os cabo-verdianos, que são os verdadeiros donos dos recursos, devem poder acompanhar e seguir os recursos arrecadados, os investimentos feitos, os resultados conseguidos, as dívidas contraídas, os esforços do serviço da dívida, as novas exigências e os compromissos que devem ser assumidos por todos.
O deputado ressaltou que em Cabo Verde os recursos são escassos, e todos nós sabemos disso, e, por isso mesmo, a sua criteriosa gestão é uma questão eminentemente ética e moral.
“Aqui cada centavo conta e é dever do Estado a sua utilização sob os mais elevados princípios da eficiência e da efetividade”, enfatizou .
Segundo disse no país a transparência mais de que uma simples necessidade é um imperativo moral. “Desde logo, porque temos uma larga franja da população a viver na pobreza, mas também porque temos uma elevada taxa de desemprego, porque a população tem um baixo rendimento, porque vivenciamos uma grande desigualdade social, porque temos um elevado nível de exclusão, mas também ainda porque temos um baixo nível de acesso a bens essenciais que garantam uma vida com maior dignidade”,explicou .
Realçou ainda que em Cabo Verde, o Governo, qualquer que seja ele, deve preocupar-se em aumentar o rendimento das pessoas, em garantir uma maior inclusão, e promover o crescimento acompanhado de uma redistribuição equilibrada, de aumentar as oportunidades das pessoas e de materializar o sonho de viver com dignidade dentro da nossa própria Terra.
“É claro que temos que trabalhar mais, é claro que temos que produzir mais, é claro que temos que aumentar a riqueza nacional, mas é claro também que temos que gerir de melhor forma a riqueza nacional”, disse.
Rui Semedo apontou, por outro lado, que é preciso gerir de melhor forma a riqueza nacional implica, antes de tudo, ter instituições consolidadas, sérias, cumpridoras das suas obrigações e dirigidas com base em aprimorados critérios de eficácia e eficiência.
“Desde logo temos que ter instituições ajustadas às nossas necessidades, com quadros recrutados com base nos critérios da competência, do mérito, da transparência, da seriedade e comprometidos com o desenvolvimento do país”, completou.
Continuou dizendo que é preciso gerir de melhor forma a riqueza nacional significa planificar mais e improvisar menos para poder-se seguir critérios rigorosos no estabelecimento das metas e das prioridades.Explicou que gerir de melhor forma a riqueza nacional significa ter programas coerentes de infraestruturação económica e social para melhorar o nível de competitividade do país e prestações de qualidade cada vez mais elevadas.Disse também que deve significar calcular de forma mais profissional os custos dos investimentos, evitando os desperdícios e eliminando as derrapagens, que se vem erigindo em problemas sérios da gestão dos investimentos públicos.
O líder do maior partido da oposição defendeu, por outro lado, que a transparência significa ter critérios mais aprimorados de contratação pública, onde os concursos públicos sejam, de facto, a regra e os ajustes diretos, exceções devidas e convenientemente justificadas. Significaainda investimentos que garantam, com eficiência, os serviços essenciais como os transportes marítimos e aéreos, por exemplo, vitais num país arquipelágico e diasporizado.
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