O presidente da Câmara da Praia, Francisco Carvalho, prometeu esta segundaFeira continuar a trabalhar para melhorar as condições de vida dos munícipes, em diversos sectores, garantindo que a prioridade da edilidade é sempre colocar as pessoas no “centro” das atenções.
“Temos que colocar a verdade e humanismo no centro da política”, defendeu, criticando que o municipalismo em Cabo Verde “não está bem e precisa de ser repensada” com urgência sem tabu e nem auto-elogios.
Esta promessa foi feita no seu discurso da sessão solene do Dia do Município da Praia, que se celebra no dia 19 de Maio, em cerimónia realizada na Assembleia Nacional, e presidida pelo Presidente da República, José Maria Neves.
Para o edil, esta celebração tem significado profundo, sobretudo pelo caminho que traçaram desde do primeiro mandato.
Segundo o autarca, apesar dos ganhos ainda este município tem muito caminho a percorrer para ultrapassar alguns desafios a nível da taxa dos mercados, transportes para estudantes da periferia e melhoria das habitações.
Por outro lado, disse que é preciso trabalhar de forma urgente na formação política das pessoas e na reforma política, por forma a recuperar o ideal da construção de uma sociedade justa e com oportunidades para todos.
“Temos que colocar a verdade e humanismo no centro da política”, defendeu, criticando que o municipalismo em Cabo Verde “não está bem e precisa de ser repensada” com urgência sem tabu e nem auto-elogios.
indicou que tem três grandes razões que, a seu ver, constituem indicadores do falhanço no municipalismo cabo-verdiano, apontando que as câmaras municipais estão falidas e endividadas e que nenhuma instituição do país tem dados precisos da dimensão dessa falência e endividamento.
“As autarquias são incapazes de gerar recursos próprios, encontramos 40% das autarquias em que o peso dos recursos do governo recebidos através do Fundo do Financiamento Municipal é igual ou superior ao total das suas receitas. As câmaras municipais revelaram-se incapazes de fazerem o uso de grande parte das competências que lhe foram atribuídas por lei”, afirmou.
Com efeito, afirmou que há 40% das autarquias que não conseguem implementar quase metade das suas atribuições, oscilando entre 40 a 45%, de acordo com os dados de 20 anos municipalismo em Cabo Verde, publicados em 2014.
Por fim agradeceu os munícipes pela confiança para mais um mandato.
A Semana com Inforpress
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