O bastonário da Ordem dos Advogados de Cabo Verde, Júlio Martins, condenou esta terça-feira o acto de vandalismo ocorrido no sábado, 04 de Maio, contra a sede da empresa Afrosondagem, e considerou a situação “totalmente inadmissível”.
A sede da Afrosondagem foi alvo de apedrejamento e, segundo informações veiculadas pela comunicação social e pelo comunicado emitido pela empresa, os seus colaboradores têm sido alvo de ameaças anónimas.
Segundo o bastonário que, questionado pelos jornalistas depois de participar da abertura da IV Conferência Ibero-Atlântica sob o lema “Justiça penal face à nova realidade social e económica”, disse que o acto de vandalismo é contrária aos princípios do Estado de Direito e da liberdade de expressão.
“Quando uma empresa, em Cabo Verde, divulga dados estatísticos ou emite opiniões sobre circunstâncias relacionadas com Cabo Verde, essa empresa nunca pode ser alvo de ataques às suas instalações ou aos seus dirigentes, alvo de ameaças”, afirmou o bastonário
A sede da Afrosondagem foi alvo de apedrejamento e, segundo informações veiculadas pela comunicação social e pelo comunicado emitido pela empresa, os seus colaboradores têm sido alvo de ameaças anónimas.
Júlio Martins defendeu que este tipo de violência é um atentado não apenas contra bens materiais, mas também contra a paz individual das pessoas visadas.
“Condenamos porque a Ordem dos Advogados é uma das instituições em Cabo Verde que prima pelo Estado de Direito e pela consolidação da democracia. E nós sabemos que na nossa Constituição temos dispositivos constitucionais muito claros nesta matéria, pelo que um direito à liberdade de opinião e à produção de dados estatísticos”, sublinhou.
Sobre o ataque à Afrosondagem, o bastonário frisou que, embora não seja um caso totalmente inédito, trata-se de uma ocorrência rara e preocupante.
“Deixa-nos preocupados porque é um nível de violência inadmissível e eu estou certo de que as autoridades, nomeadamente, os órgãos de polícia criminal, o Ministério Público e os tribunais irão dar todo o suporte nesta matéria para que situações do género não se repitam.”
A Semana com Inforpress
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