sexta-feira, 18 outubro 2024

Presidente do parlamento de Cabo Verde pede menos ingerência nos assuntos de Bissau

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O presidente da Assembleia Nacional cabo-verdiana, Austelino Correia, disse hoje que o estágio da democracia na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) “é bastante aceitável” e pediu menos ingerência nos assuntos internos da Guiné-Bissau.

Não temos razões de queixa se compararmos, por exemplo, com o que se passa em alguns países, sobretudo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental [CEDEAO], onde há golpes de Estado”, avaliou, em declarações à Lusa, Austelino Correia, à margem da 13.ª Sessão Ordinária da Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP), que terminou, terça-feira, em Maputo.

Nos países da CPLP, o estágio atual da democracia “é bastante aceitável”, mas avisou que há sinais que preocupam.

Ao nível da CPLP nós não temos tido esses problemas [golpes de Estado], mas tem havido sinais que exigem de nós alguma preocupação, prudência e cautela”, alertou, chamando atenção para a situação atual da Guiné-Bissau.

Estamos a aguardar pelas eleições, mas creio que as pessoas estão todas interessadas em resolver o problema da Guiné-Bissau (...). Creio que nos nossos países a situação é aceitável. Se for a ver os próprios cidadãos preferem a democracia a outros sistemas políticos e isso é fundamental”, insistiu o também deputado pelo partido Movimento para a Democracia (MpD).

O presidente do parlamento de Cabo Verde disse que a CPLP está preocupada com a dissolução da assembleia da Guiné-Bissau, mas pediu aos Estados da comunidade para “não se imiscuirem nos assuntos internos de outros Estados membros”.

Isso é fundamental. Quem em primeiro lugar deve tentar resolver os problemas internos devem ser os atores políticos dos respetivos países, entretanto, nós, como comunidade, auscultamos, aconselhamos, sugerimos e encorajamos no sentido em que as coisas entrem no eixo”, sublinhou Austelino Correia, apelando para que se “restabeleça a normalidade democrática” naquele país.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, decidiu, em 04 de dezembro, dissolver o parlamento, na sequência dos confrontos entre forças de segurança, que considerou tratar-se de um golpe de Estado.

Sissoco Embaló considerou “um golpe de Estado” o facto de a Guarda Nacional ter retirado o ministro das Finanças, Suleimane Seide, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, das celas da Polícia Judiciária.

Na sequência deste ato, geraram-se confrontos armados entre a Guarda Nacional e o batalhão da Presidência, que foram resolvidos com a intervenção da Polícia Militar e que resultou na detenção do comandante da Guarda Nacional, Vitor Tchongo.

A situação política na Guiné-Bissau alterou-se desde então, tendo Umaro Sissoco Embaló marcado este mês as eleições legislativas antecipadas para 24 de novembro.

A Semana com Lusa

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