O Governo está disponível para viabilizar a retoma das obras da asfaltagem das vias urbanas dos Mosteiros desde que a câmara avance nas condições estabelecidas no protocolo de assumir a lidernaça do processo disse a ministra Eunice Silva. Mas o presidente da Câmara, Fábio Vieira, revela que não vai abrir mãos a essas obras, por serem do municipio e financiadas em 80% com recursos municipais. 

A asfaltagem de seis quilómetros de vias urbanas do município dos Mosteiros iniciou-se na segunda quinzena de Janeiro a partir da localidade de Fajãzinha em direção à cidade de Igreja e algumas ruas da referida cidade, mas foi suspensa no mês de Fevereiro devido a divergência entre a câmara e o Ministério das Infraestruturas.

Em declarações à Rádio de Cabo Verde, a ministra das Infraestruturas, Habitação e Ordenamento do Território disse, segundo a Inforpress, que as obras estão suspensas porque a câmara “não cumpriu o estabelecido no protocolo”, nomeadamente que a liderança da obra seja assumida pelo Ministério das Infraestruturas.

“A câmara já mobilizou recursos e podemos entrar no processo desde que a liderança seja nossa, entretanto a câmara avançou e não envolveu o Governo. Não podemos por razões técnicas e objectivas aceitar que a câmara tome rédeas deste processo”, reforçou a ministra.

Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal dos Mosteiros, Fábio Vieira, referiu que o problema existe porque o Governo quer “assumir a paternidade da obra” e “ser o protagonista principal do projecto” o que, segundo o mesmo, “não faz sentido” já que câmara mobilizou 80 por cento (%) do financiamento da obra para ser “apenas um actor secundário”, e o Governo entrar com “apenas 20 % e ´quer ser o dono”.

“O dono desta empreitada é a população dos Mosteiros”,  desafiou Fábio Vieira.

A asfaltagem de seis quilómetros de vias urbanas do município dos Mosteiros iniciou-se na segunda quinzena de Janeiro a partir da localidade de Fajãzinha em direção à cidade de Igreja e algumas ruas da referida cidade, mas foi suspensa no mês de Fevereiro devido a divergência entre a câmara e o Ministério das Infraestruturas.

A empreitada, prossegue a fonte deste jornal, representa um investimento na ordem dos 180 mil contos, incluindo IVA, e cobre uma distância de mais de seis quilómetros (6.231 metros) desde Achada Malva (Mosteiros Trás) até Fajãzinha, e é tida como um dos principais compromissos da equipa de Fábio Vieira para com a população dos Mosteiros.

Os recursos necessários para a materialização deste “projecto estruturante” foram mobilizados através de uma operação obrigacionista junto da Bolsa de Valores de Cabo Verde subscrita na íntegra pelo Banco Cabo-verdiano de Negócios, assim como a alocação dos recursos consignados pelo Fundo do Turismo.

Esta quarta-feira a equipa camarária dos Mosteiros programou um encontro de trabalho com a direcção da empresa responsável pela empreitada no sentido de analisar a possibilidade da retoma dos trabalhos que estão suspensos há mais de seis meses.

A Semana com Inforpress