Mais de 40 mísseis de diferentes tipos atingiram na manhã desta segunda-feira edifícios e infraestruturas em cidades como Dnipro, Kryvyi Rih, Sloviansk, Kramatorsk e Kiev, onde foi bombardeado o maior hospital pediátrico da Ucrânia.
A Ucrânia acordou na manhã de segunda-feira com bombardeamentos de grande intensidade em várias cidades do país. Um hospital pediátrico em Kiev foi um dos alvos que mais danos sofreu.
Ao final do dia de segunda-feira, estavam contabilizados pelo menos 36 mortos e mais de 140 pessoas feridas na vaga de ataques, informou o chefe de gabinete de Zelenskyy, Andriy Yermak.
Duas das vítimais mortais foram atingidas no Hospital Pediátrico de Ohmatdyt, que sofreu grandes danos devido aos bombardeamentos.
Os bombardeamentos desta segunda-feira foram os mais pesados contra Kiev em quase quatro meses, tendo sido atingidos sete dos dez distritos da cidade.
Rússia nega ataque planeado a hospital
A Rússia negou ter visado o hospital, afirmando que o edifício foi atingido por fragmentos de um míssil de defesa aérea ucraniano. Mas a Ucrânia diz ter encontrado restos de um míssil de cruzeiro russo.
" Estou grato a todos os ucranianos que começaram a publicar vídeos onde se pode ver, especificamente, não uma parte deste ou daquele míssil, mas um ataque direto de míssil que feriu e matou muitas pessoas na Ucrânia hoje", disse Zelenkskyy na Polónia, onde assinou esta segunda-feira um acordo bilateral de segurança com o primeiro-ministro Donald Tusk.
O presidente ucraniano prometeu também "dar uma resposta forte" à "agressão" russa.
Kiev instou os aliados da Ucrânia, que se reunirão numa cimeira da NATO em Washington esta semana, a tomarem rapidamente uma decisão para ajudar a reforçar as defesas aéreas do país, afirmando que os atuais sistemas são "insuficientes".
Reações aos ataques russos
Vários líderes e governos ocidentais reagiram aos ataques da Rússia.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, classificando os ataques como "hediondos", afirmou que serão tomadas decisões na cimeira da aliança militar desta semana para reforçar o apoio à Ucrânia.
Também o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou os ataques, considerando-os "particularmente chocantes" de acordo com o seu porta-voz, Stéphane Dujarric.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal divulgou nas redes sociais uma declaração condenando os ataques russos e evocando um "crime de guerra" no bombardeamento do hospital pediátrico na capital ucraniana.
"Portugal condena firmemente os ataques russos a Kiev, que atingiram, entre outros alvos civis, o maior hospital pediátrico do país. O ataque indiscriminado a crianças é um crime de guerra. Continuaremos empenhados no apoio à Ucrânia contra a agressão russa", lê-se na declaração.
O chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Rangel, juntamente com o primeiro-ministro Luís Montenegro e Nuno Melo, ministro da Defesa, vão representar Portugal na cimeira da NATO que se realiza entre terça e quinta-feira em Washington.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas reuniu-se esta terça-feira onde debateu os ataques de Kiev.
A Semana com Eueronews
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