O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, defendeu hoje que são preciso líderes com visão, coragem e inteligência para identificar desafios e definir prioridades para desenvolver um país.
“Para desenvolver um país são precisos líderes, com visão, com compaixão, com coragem política e inteligência para identificar os desafios”, afirmou José Ramos-Horta.
O Presidente timorense falava na apresentação do relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) “Construindo o Futuro: Novas direções para o Desenvolvimento Humano na Ásia e no Pacífico”, divulgado hoje em Díli.
“Uma vez identificados os desafios, é preciso identificar as prioridades”, disse, salientando que em Timor-Leste o mais importante para os próximos anos passa pelo investimento na segurança alimentar, na agricultura e na água.
Mas, salientou o prémio Nobel da Paz, não é investir “só com dinheiro”, mas também “com inteligência”.
“O Governo pode dizer que aumenta o investimento em 30% para programas de combate à pobreza, para a merenda escolar, para a escola, mas a questão passa pela sua implementação, pela sua execução e integridade”, salientou o chefe de Estado.
Segundo o relatório do PNUD, apesar dos avanços registados a região da Ásia e do Pacífico continua a enfrentar desafios para concretizar o esperado desenvolvimento humano.
O relatório defende modelos de crescimento que correspondam à realidade presente e futura sem comprometer a economia e o desenvolvimento humano.
“O crescimento económico é essencial, mas não deve ocorrer às custas do desenvolvimento humano. Em vez disso, é crucial entender a interdependência daqueles dois objetivos e o seu potencial para reforço mútuo”, refere o relatório.
Para que aquela mudança seja concretiza, o PNUD defende que há uma “necessidade urgente” de mudanças, de “romper com o ‘status quo’, e direcionar as políticas para as pessoas”.
A representante do PNUD em Timor-Leste, Katyna Argueta, explicou que o relatório aponta três direções, nomeadamente que as estratégias de desenvolvimento devem colocar as pessoas no “centro das decisões”, que o instável contexto global implica a diversificação de estratégicas e múltiplos cenários e que é preciso melhorar a governação para “transformar novas ideias em realidade”.
A Semana com Lusa
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