domingo, 29 junho 2025

A ATUALIDADE

França:Manifestações expõem polarização política a dois anos das presidenciais

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Paris vive este domingo um dia marcado por três manifestações e tensão política, reflectindo uma polarização do país. A faltarem dois anos das eleições presidenciais de 2027, a capital francesa dividiu-se em três blocos políticos: a extrema-direita, o centro e a esquerda. Uma sondagem publicada este sábado, 5 de Abril, coloca o partido de extrema-direita na frente das intenções de voto para a primeira volta das presidenciais, seja quem for o seu candidato. 

Na Praça Vauban, o partido de extrema-direita da União Nacional reuniu milhares de apoiantes num comício de apoio a Marine Le Pen, após a condenação por desvio de fundos públicos.

A líder da extrema-direita denunciou uma “decisão política” e uma “caça às bruxas”, considerando que o julgamento representa uma tentativa de interferência judicial no processo democrático. Segundo Le Pen, a justiça estaria a ultrapassar os seus limites ao querer influenciar quem pode ou não concorrer a cargos públicos. Perante os militantes do partido de extrema-direita Le Pen garantiu "não ceder".

O presidente do partido, Jordan Bardella, qualificou a data da condenação -31 de Março - como um momento sombrio para a democracia francesa, considerando que se trata de uma “decisão judicial injusta e escandalosa” destinada a afastar Marine Le Pen da corrida presidencial. 

Em simultâneo, em Saint-Denis, na região parisiense, o partido presidencial Renascimento organizou um congresso centrado na defesa das instituições democráticas. Na abertura do evento, o antigo primeiro-ministro e líder parlamentar do Renascimento, Gabriel Attal, criticou duramente a extrema-direita, acusando-a de atacar os juízes e descredibilizar as decisões da justiça. Gabril Attal afirmou "quando roubas, pagas".

Já na Praça da República, os partidos de esquerda promoveram uma contra-manifestação para denunciar os riscos que veem no crescimento da extrema-direita e a reacção do partido de Le Pen à sua condenação. Para os organizadores, o protesto marcou o início de uma mobilização mais ampla em defesa do Estado de Direito, com novas acções previstas para as próximas semanas.

Uma sondagem publicada este sábado, 6 de Abril, coloca o partido de extrema-direita, União Nacional, na frente das intenções de voto para a primeira volta das presidenciais, seja quem for o seu candidato. 

Com a condenação ainda em fase de recurso, o futuro político de Marine Le Pen permanece incerto, mas continua a dividir o país.

A Semana com RFI

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lucas
2 days 19 hours

Vamos falar claro. Violência sexual contra crianças não é um problema invisível. Está à vista de todos — e está a ...

jcf
3 days

Se quer mesmo estudar a história africana, Elsa, aqui vai a bibliografia que deveria ter lido antes de escrever esse panflet ...

jcf
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Ó digníssima articulista, Elsa Fontes — quanta verborreia embalsamada em citações dos velhos profetas de Coimbra e Lisb ...

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