terça-feira, 01 julho 2025

A ATUALIDADE

Moçambique/Eleições: Empresários criticam paralisação convocada por Venâncio Mondlane

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 

A Confederação das Associações Económicas - CTA de Moçambique, que congrega o setor privado, criticou hoje a paralisação de atividades convocada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, alertando para o impacto económico dos discursos políticos em períodos pós-eleitorais. 

Nós já estamos aflitos com a situação de divisas para fazer face às importações e, por várias vezes, temos alertado que a economia sofre muito com o excesso de feriados e tolerâncias de ponto. Este tipo de discurso político só complica mais as coisas”, disse à Lusa o presidente da CTA, Agostinho Vuma.

Em causa está uma paralisação convocada para segunda-feira por Venâncio Mondlane, que contesta os dados já anunciados pelas comissões distritais e provinciais de eleições sobre a votação de 09 de outubro, números que dão vantagem à Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder) e ao candidato presidencial que o partido apoia, Daniel Chapo, com mais de 60% dos votos.

Para o presidente da CTA, a instabilidade a que o país assiste ciclicamente após eleições constitui um desafio para a economia, sobretudo num período que “parado” até, pelo menos, a aprovação de um novo Plano Quinquenal, no aproximo ano.

“A instabilidade pós-eleitoral tem sempre impacto na economia e é preciso que os políticos tenham a consciência disso”, frisou o responsável.

Para Venâncio Mondlane, a paralisação seria “uma das janelas de contestação” aos resultados, por ele descritos como “grosseiramente fraudulentos”.

“É um direito básico que todo o cidadão tem, de aderir a uma greve, seja no setor privado ou no setor público, querendo. Se não quer, não adere, mas querendo pode aderir. Não precisa de autorização de ninguém”, insistiu Mondlane, sublinhando tratar-se de uma ação pacífica.

“Não é uma manifestação pública de ataque a instituições. Se isso acontecer, está fora do padrão daquilo que nós queremos. É apenas paralisação das atividades. Apenas isso, não é mais nem menos do que isso”, afirmou.

As eleições gerais de 09 de outubro incluíram as sétimas presidenciais - às quais já não concorreu o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite de dois mandatos - em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) tem 15 dias, após o fecho das urnas, para anunciar os resultados oficiais das eleições, data que se cumpre em 24 de outubro, cabendo depois ao Conselho Constitucional a proclamação dos resultados, depois de concluída a análise, também, de eventuais recursos, mas sem um prazo definido para esse efeito.

A Semana com Lusa

2500 Characters left


Colunistas

Opiniões e Feedback

lucas
5 days

Vamos falar claro. Violência sexual contra crianças não é um problema invisível. Está à vista de todos — e está a ...

jcf
5 days 5 hours

Se quer mesmo estudar a história africana, Elsa, aqui vai a bibliografia que deveria ter lido antes de escrever esse panflet ...

jcf
5 days 5 hours

Ó digníssima articulista, Elsa Fontes — quanta verborreia embalsamada em citações dos velhos profetas de Coimbra e Lisb ...

Pub-reportagem

publireport

Rua Vila do Maio, Palmarejo Praia
Email: asemana.cv@gmail.com
asemanacv.comercial@gmail.com
Telefones: +238 3533944 / 9727634/ 993 28 23
Contacte - nos