Cabo Verde quer tentar substituir o dinheiro físico por transações digitais seguras e eficientes no prazo de seis anos, de acordo com a nova Estratégia de Economia Digital do arquipélago, consultada hoje pela Lusa.
“A visão orientadora da Estratégia de Economia Digital é a de transformar Cabo Verde numa nação digital, promovendo a inclusão, a inovação e a competitividade económica, aproveitando as tecnologias emergentes para o desenvolvimento sustentável e impulsionando uma economia ‘cashless’ (sem dinheiro físico)”, lê-se no documento.
O plano publicado em Boletim Oficial visa fazer das tecnologias uma fonte de rendimento para todos, tornando o arquipélago numa referência e num ponto de encontro na África Ocidental para tudo o que se relaciona com o setor.
O prazo para execução tem uma meta geral traçada: até ao ano 2030.
Até lá, estão previstas diferentes fases de implementação de acordo com 37 objetivos específicos.
As aspirações começam pela modernização da infraestrutura digital: fibra ótica submarina, redes móveis 5G e ‘data centers’, por exemplo.
Alguns dos projetos já arrancaram, como o primeiro ‘data center’ do Tech Park, parque tecnológico na capital, a cidade da Praia, e outros têm apoio anunciado por parceiros, com a União Europeia (UE).
Outra fase prevê o reforço do ecossistema de novas empresas tecnológicas (‘startups’), a propósito do qual decorre, até final do mês, um concurso para seleção de parceiros que possam criar e desenvolver um programa de incubação de empresas.
Uma fase seguinte será a de tornar a tecnologia acessível a toda a população, ou seja, garantir que todas as pessoas consigam usar dispositivos móveis, aplicações e outras tecnologias, condição essencial para se dar o salto para uma economia ‘cashless’.
“Estamos a promover o desenvolvimento de uma nova geração de empreendedores digitais e empresas/instituições inovadoras que utilizam a tecnologia para gerar rendimento, melhorar a eficiência e impulsionar a competitividade, contribuindo para o crescimento sustentável do país”, lê-se no documento.
O plano prevê parcerias ao nível empresarial, de estudos superiores e investigação, reforço de cibersegurança e desenvolvimento de um quadro regulatório que favoreça o aparecimento de novas iniciativas tecnológicas.
A Semana com Lusa
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