sexta-feira, 22 novembro 2024

A ATUALIDADE

TAP transportou mais de 20% dos passageiros de e para Cabo Verde até junho

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Mais de 20% dos 733.764 passageiros em voos internacionais movimentados pelos quatro aeroportos de Cabo Verde no primeiro semestre foram transportados pela companhia aérea portuguesa TAP, segundo dados da empresa pública cabo-verdiana ASA.

De acordo com dados compilados hoje pela Lusa a partir de um boletim estatístico (janeiro a junho) da empresa pública Aeroportos e Segurança Aérea (ASA), a transportadora aérea portuguesa liderou nas ligações aos quatro aeroportos internacionais cabo-verdianos entre os voos regulares, apenas ultrapassada, em passageiros embarcados, desembarcados e em trânsito, pela soma das várias operadoras do grupo turístico TUI.

Em seis meses, o movimento de passageiros nos aeroportos de Cabo Verde através da TAP ascendeu a 156.768, pouco mais de 20% do movimento total de 733.764 contabilizado pela ASA naquele período.

A presidente executiva da companhia aérea portuguesa, Christine Ourmières-Widener, visitou Cabo Verde em março último e anunciou na altura a retoma dos voos da TAP para a Boa Vista no mês seguinte, dois anos após a interrupção devido à pandemia, tendo ainda traçado a meta de transportar 250 mil passageiros no arquipélago este ano.

“É um mercado muito importante para nós, não apenas pelo tamanho, mas também pela ligação e comunidades entre Portugal e Cabo Verde. A importância do mercado não é só pelas receitas, mas também pela importância das ligações económicas entre os dois países”, disse Christine Ourmières-Widener.

No Aeroporto Internacional Nelson Mandela, na Praia, a TAP transportou (rota Lisboa) 77.616 dos 130.694 passageiros movimentados (quota de 59,4% do total), aumentando 80% face ao primeiro semestre de 2021, seguida da Azores Airlines, com 14.499 passageiros (quota de 11,1%), enquanto a Cabo Verde Airlines tem apenas uma quota de 6,5%, com 8.522 passageiros (rota Lisboa).

Ainda sobre o aeroporto da capital cabo-verdiana, a ASA destaca os resultados da companhia aérea dos Açores pelo tráfego, via Ponta Delgada, de ligação aos Estados Unidos da América (em Boston reside a maior comunidade cabo-verdiana fora do arquipélago), com “um aumento significativo” nos primeiros seis meses do ano.

“No primeiro semestre de 2022 o aeroporto processou 14.000 passageiros, mais cerca de 8.000 no mercado internacional da Praia face ao período homólogo de 2021. Em 2019 processou para o mesmo destino um total de 9.000 passageiros. Continua a não se registar movimentos de voos comerciais de/para Boston, direto”, refere a boletim.

No Aeroporto Internacional Cesária Évora, ilha de São Vicente, a TAP transportou 33.693 (rota Lisboa) dos 44.595 passageiros movimentados no mesmo período, um aumento homólogo superior a 100% face ao primeiro semestre de 2021 e uma quota total de 73,3%. A Cabo Verde Airlines, que também retomou em 2022 os voos de São Vicente para Lisboa, após a renacionalização há mais de um ano, contou com uma quota de 7,3% dos passageiros movimentados (3.245).

Nas ilhas turísticas do Sal e da Boa Vista, o movimento de passageiros é largamente liderado pelas operadoras aéreas da Alemanha, Países Baixos e Bélgica do grupo turístico TUI.

O Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, no Sal, movimentou em seis meses 381.584 passageiros, tendo a transportadora aérea portuguesa TAP uma quota de 11,1% do total, com 32.170 passageiros ali embarcados e desembarcados, um aumento homólogo superior a 100% segundo a ASA.

No Aeroporto Internacional Aristides Pereira, ilha da Boa Vista, a TAP contou apenas com uma quota de 2,4% (só voou no segundo trimestre), movimentando 4.289 dos 176.891 passageiros que ali embarcaram e desembarcaram nos primeiros seis meses de 2022.

Globalmente, a rota para Lisboa foi a mais movimentada nos aeroportos da Praia (86.632 passageiros embarcados e desembarcados), de São Vicente (35.945 passageiros) e do Sal (51.332 passageiros), enquanto na Boa Vista liderou a rota de e para Manchester (Inglaterra), pela operadora turística TUI (32.612 passageiros).

Ainda sobre Cabo Verde, Christine Ourmières-Widener, que se reuniu em 10 de março com o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, explicou que o mercado do arquipélago tem um peso inferior a 1% do total de receitas da TAP, mas prevê que o nível de passageiros a transportar seja “um pouco melhor” em 2022, subindo para mais de 250 mil.

Acrescentou que, “ouvindo” os apelos locais, a TAP pretendia “aumentar significativamente” a oferta de lugares para Cabo Verde a partir do Verão.

Os voos da TAP para a Praia praticamente não chegaram a ser suspensos durante a pandemia de covid-19, tendo a companhia aérea portuguesa retomado progressivamente os voos para as ilhas de São Vicente e do Sal, esses afetados pela pandemia, e já este ano para a Boa Vista.

Para a administradora, a TAP “tem provado a dedicação e compromisso que tem com Cabo Verde”, apesar das constantes críticas de passageiros do arquipélago, sobretudo dos preços praticados.

“Primeiro porque foi a única companhia aérea que não parou a operação durante a crise [da pandemia de covid-19, para Cabo Verde]. Acho que é uma prova significativa do nosso compromisso com o país”, concluiu.

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
9 days 20 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
11 days 19 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
19 days 18 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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