O ministro da Educação, Amadeu Cruz, comprometeu-se hoje a resolver os pendentes dos professores até finais de 2023, indicando que o ministério vai precisar para o efeito de um orçamento acima dos 300 mil contos. Mas o líder do SINDEP, Jorge Cardoso, avisa que quer ver para crer, fundamentado que só estará satisfeito quando o ME concretizar as promessas referidas.
Segundo a Inforpress, o compromisso foi assumido durante um encontro com o Sindicato Nacional dos Professores (SINDEP), para analisar as questões das pendências dos professores e o arranque do ano lectivo 2022/2023.
“Reiteramos o que tem sido o compromisso com os sindicatos e estamos a discutir a proposta do orçamento para 2023, e, no quadro do diálogo normal entre os ministérios, estamos a perspectivar a resolução das pendências, como tem sido dito, até final de 2023”, disse à imprensa o ministro, após sair da reunião que manteve com o SINDEP.
Segundo o governante, para resolver os pendentes com os docentes, o Ministério da Educação necessita de um orçamento acima de 300 mil contos, o que, assegurou, está sendo escalonado no sentido de se evitar concertação de esforço orçamental.
Amadeu Cruz afirmou ainda que o Ministério da Educação está a trabalhar para, ainda em 2022, resolver as pendências, pelo que vai publicar, brevemente, a redução do tempo lectivo dos professores em regime de pluridocência, a reclassificação dos professores com grau de licenciatura e a normalização da carreira.
Conforme ainda a Inforpress, após isso, o governante assegurou que se vai entrar na fase da discussão e revisão do estatuto de carreira dos docentes para atender aos desafios de educação e valorização da carreira.
Já o presidente do Sindicato Nacional dos Professores, Jorge Cardoso, realçou que o sindicato que representa os professores só estará satisfeito quando as ” coisas acontecerem”.
“Só por dizer não dá satisfação. Houve assunção de compromissos até 2023, mas por hora ficamos a aguardar. Relativamente aos preparativos para o ano lectivo que se inicia vamos em breve visitar, em todos os concelhos, as escolas do país para constatarmos, in loco, se o que nos foi transmitido pelo ministério corresponde à verdade”, disse.
Sobre as requalificações, esclareceu que assumiu os pendentes de 2017, que já estão na permutação, esperando a publicação, enquanto que os de 2018 podem ser resolvidos até o final do ano.
“Vamos acompanhar e onde houver falhas entraremos em acção”, concluiu, informando que no ano lectivo 2022/2023 deverão ser contratados cerca de 200 professores.
Neste momento, sublinhou, está-se a trabalhar nas questões da aposentações e colocação de novos professores, refere a Inforpress. Foto: Inforpress (interior da peça).
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