O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) anunciou na terça-feira que a empresa farmacêutica britânica GSK ganhou um contrato para produzir a primeira vacina contra a malária do mundo para proteger milhões de crianças.
Segundo a Xinhua, este contrato histórico, conforme Inforpress, no valor de US$ 170 milhões, vai disponibilizar 18 milhões de doses da vacina RTS,S nos próximos três anos, potencialmente salvando milhares de vidas jovens a cada ano.
As crianças com menos de cinco anos ainda estão entre as mais vulneráveis à malária. Em 2020, quase meio milhão de meninos e meninas morreram da doença, também conhecida por paludismo, apenas na África – isso é uma morte a cada minuto.
Etleva Kadilli, directora da divisão de suprimentos do Unicef, disse que este facto envia uma mensagem clara aos desenvolvedores de vacinas contra a malária para que continuem seu trabalho, explica a mesma fonte.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 30 países têm áreas com transmissão moderada ou alta de malária e a vacina pode oferecer proteção adicional a mais de 25 milhões de crianças a cada ano, caso a oferta aumente.
A vacina contra a malária RTS,S, resultado de 35 anos de pesquisa e desenvolvimento, é a primeira vacina contra uma doença parasitária.
Cabo Verde espera certificação de estar livre de malária
Entretanto, Cabo Verde está há quatro anos sem registar casos locais de malária e espera obter ainda este ano a certificação de país livre da doença pela organização pela Organização Mundial da Saúde (OMS), disseram a 25 de abril deste ano fontes oficiais à Lusa.
Conforme a mesma fonte, Cabo Verde tem um plano estratégico de eliminação do paludismo 2020-2024, que reforça o controlo vetorial (luta antilarvar, campanhas de pulverização, medidas e gestão ambiental) a vigilância epidemiológica (deteção, investigação e notificação obrigatória dos casos), assistência aos pacientes (diagnóstico e tratamento) e comunicação e mobilização social.
Segundo o Programa Nacional de Luta Contra o paludismo da Direção Nacional da Saúde (PNLP), o paludismo em Cabo Verde caracteriza-se por ser uma doença instável, de transmissão sazonal dependendo fortemente da pluviosidade, que se encontra presente em quatro ilhas (Santiago, Boa Vista, São Vicente e Maio).
O diretor do programa, António Moreira, disse, por sua vez à Lusa, que "se tudo correr bem" Cabo Verde terá até final do ano a certificação da OMS de eliminação do paludismo, em que no ano passado foram registados 21 casos importados.
A malária, uma doença curável, é transmitida entre humanos através da picada de um mosquito infetado, sendo uma das principais causas de morte a nível global.
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