A directora nacional de Saúde afirmou esta sexta-feira que as obras do Hospital da Trindade devem ser concluídas “com urgência”, para “garantir melhores condições” de internamento e “uma resposta eficaz” aos doentes com necessidades de saúde mental.

Ângela Gomes falava à comunicação social, na cidade da Praia, à margem de uma formação para formadores sobre prevenção do restabelecimento da transmissão do paludismo, baseada no novo Guia de Vigilância, que se enquadra no âmbito das atividades de reforço pré-chuva e inserida no âmbito do plano de contingência já declarado.

Na ocasião, questionada sobre o andamento das obras do Hospital Psiquiátrico da Trindade, na Praia, considerou que, na qualidade de prestadores de cuidados e responsáveis de prestação de cuidados, espera-se que a obra esteja concluída “o mais brevemente possível” para dar respostas a uma camada da sociedade que precisa desse internamento.

Considerando a urgência da obra, tendo em conta que o ano passado foi declarado Ano da Defesa da Saúde Mental, a directora nacional de Saúde explicou que têm feito esforços para dar resposta aos doentes que necessitam de internamento. 

Apesar de já existir um espaço funcional no Hospital Universitário Agostinho Neto, “este não é suficiente para colmatar todas as necessidades”.

Relativamente ao reforço dos recursos humanos, Ângela Gomes adiantou que vão chegar mais seis psiquiatras, através da Brigada Cubana, e também “alguns profissionais cabo-verdianos” se encontram ainda em formação.

“Acreditamos que brevemente estarão a somar e a fazer o seu trabalho, que é o que queremos, ter também médicos cabo-verdianos especializados, especialmente numa área que requer muito diálogo e compreensão, como a Psiquiatria e a Psicologia, sendo sempre importante reforçar o contingente cabo-verdiano”, realçou.

Instada sobre o apoio do Estado aos doentes e famílias em situação de vulnerabilidade, Ângela Gomes admitiu não saber responder por outras vias, mas garantiu que estão a envidar esforços para que nenhum paciente que necessite de cuidados fique excluído.

Referiu que algumas questões podem ser abrangidas por outras entidades, como o INPS. 

Informou ainda que está em curso a actualização da lista de medicamentos e que, em breve, será implementado o pacote e a tabela de cuidados, documentos complexos cuja execução já conta com uma equipa dedicada.

A Semana com Inforpress