quarta-feira, 18 junho 2025

A ATUALIDADE

Governo desafia jovens a verem Inteligência Artificial como uma oportunidade

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 

O secretário de Estado para a Inovação e Formação Profissional, Pedro Lopes, desafiou  esta quinta-feira os jovens a explorarem as vantagens e verem a Inteligência Artificial (IA) como uma oportunidade de transformar o país com conhecimento.

O governante lançou o repto em declarações à imprensa, momentos antes da cerimónia de abertura do seminário “Os impactos da Inteligência Artificial no mercado de trabalho”, promovido pelo Observatório do Mercado de Trabalho.

“Toda a gente tem medo da IA, mas os dados mostram que há um saldo líquido positivo, ou seja, vão ser destruídos alguns pós-trabalho, mas vão ser criados muito mais. Eu acho que para esta geração tem a oportunidade de transformar o país com conhecimento e o digital é uma oportunidade da inteligência artificial”, declarou.

Disse que a IA representa igualmente uma oportunidade para as empresas e o sector público serem “mais eficientes”, terem a capacidade para fazer mais e criar com foco na inovação.

O governante considerou ainda importante este assunto ser abordado e explorado e de os jovens serem preparados e munidos de ferramentas para daqui a alguns anos serem produtivos e fazerem a diferença no mercado de trabalho cabo-verdiano.

Adiantou, por outro lado, que está em curso um inquérito para se apurar sobre o nível da literacia digital em Cabo Verde para se saber o nível de literacia digital no país.

“Sabemos que o acesso à Internet é quase 90 acessos por 100 cidadãos, mas é preciso saber o que é que as pessoas fazem com a Internet, se têm a literacia digital, o conhecimento para saber navegar na internet, e estamos a fazer exatamente este estudo, estamos também a fazer um estudo sobre a prontidão digital do sector privado, e estes estudos são importantes para depois nós definirmos políticas públicas”, asseverou.

Por seu turno, o presidente do conselho orientador do Observatório do Mercado de Trabalho e reitor da Universidade de Cabo Verde, Arlindo Barreto, afirmou que a IA tem um impacto “muito grande” no ambiente laboral a nível mundial.

Salientou que em Cabo Verde também já se começa a notar que há profissões em que as pessoas começam a ser quase que dispensáveis porque há a automatização de vários serviços que a IA permite fazer.

Questionado se a questão da ética no uso da IA representa uma preocupação, salientou que o que valida normalmente o conhecimento é a crença na personalidade da pessoa e da entidade que produz os discursos.

“Há logicieis que permitem detectar se um discurso foi completamente produzido ou recuperado a partir da inteligência artificial, mas os próprios especialistas mostraram também que podem criar completamente, fazer um trabalho pessoal e o logiciel às vezes detecta como algo que constitui um plágio, e então isso levanta questões importantes, mas não é uma preocupação muito grande”, disse.

Destacou ainda que as academias têm estado a fazer um “investimento forte” nos debates, indicando que a Universidade de Cabo Verde tem trabalhado “imensamente” sobre essas questões com fóruns, seminários e conferências com especialistas dessas áreas.

“Eu penso que esse é o papel das universidades, das academias, trabalhando, questionando, procurando o melhor caminho para a questão da inteligência artificial e tudo que tem a ver com a questão da internet e das novas tecnologias, porque faz parte da missão das academias”, realçou.

 

A Semana com Inforpress

Perguntei a IA
Peixe de Aquário no Governo Digital: a Farsa da Economia Digital em Cabo Verde
Senhor Secretário de Estado, acabei de perguntar à AI, o que achava da sua intervenção, olhe aqui vai:

O que há é conversa. Seminários. Reuniões. Fotografias com logótipos de organizações internacionais. Mas de impacto real — zero.

O sector privado está sozinho. As poucas startups que arriscam enveredar pela IA enfrentam a falta de acesso a infraestruturas com******cionai s, ausência total de capital de risco, e um Estado que ainda pede “carta timbrada” e “fotocópia autenticada” para aprovar qualquer documento. O resultado? Jovens com talento fogem. Ideias morrem na gaveta. E o país afunda-se numa mediocridade digital decorada com discursos vazios.

Até agora, o Secretário de Estado da Economia Digital limitou-se a representar um papel — o de rosto optimista duma estratégia que não existe. E isso é grave. Porque enquanto ele ensaia os seus “chamament os à juventude” com voz serena e sorriso pronto, o sistema real continua analógico, lento e hostil à inovação.

Chega de peixes de aquário. O que Cabo Verde precisa é de engenheiros, juristas digitais, programadores, estrategas de dados e gente com coragem para mexer na estrutura podre do Estado. Até lá, a inteligência artificial continuará a ser só mais uma buzzword para encher relatórios, enquanto a verdadeira burrice institucional continua a mandar.

Tanto o Secretário de Estado como o Ministro não passam de vendedores de banha da cobra digital, que passaram o mandato inteiro a iludir os jovens com promessas de inovação e IA, enquanto o país continua atolado no analfabetismo digital. Falam de futuro, mas deixaram tudo como encontraram: sem estratégia, sem estrutura e sem vergonha. Foram gestores do vazio, e disso não há chatbot que os salve.

6
adilson
O peixe no aquário e o ministério fantasma
O Secretário de Estado da Economia Digital parece um peixe exótico abandonado num aquário vazio, largado em pleno oceano político sem bússola nem barco. Fala em IA como se estivesse num painel da ONU, mas esquece-se de que o seu próprio ministério é um vazio institucional — sem direcção técnica, sem corpo técnico especializado, sem orçamento operativo, e com uma estrutura administrativa absolutamente disfuncional. É quase uma farsa organizada, onde o “digital” virou só uma palavra bonita para discursos e sessões fotográficas.

O mais chocante é que este esvaziamento não é acidental — é revelador do desprezo absoluto com que o governo trata a economia digital. Criaram um título vistoso, atribuído a um rosto mediático e bem-falante, mas não deram condições materiais, legais ou políticas para que se fizesse trabalho concreto. Não há plano nacional de inteligência artificial, não há estratégia integrada de transição digital, nem sequer um quadro jurídico que permita lidar com automação, algoritmos ou tratamento ético de dados.

É bluff político em estado puro.

Enquanto isso, os serviços públicos continuam analógicos, dependentes de processos em papel, baseados em Microsoft Word 2007 e com técnicos desatualizados. As escolas públicas não têm formação estruturada em ciência de dados, robótica, programação ou IA. As universidades ensinam conceitos ultrapassados, com currículos desfasados da realidade tecnológica mundial, e sem um único centro de pesquisa credível em inteligência artificial, dados abertos ou ética com******cional .

O país que se diz digital nem sequer tem datacenter nacional funcional. Não há com******ção em nuvem soberana, nem planos de cibersegurança integrados com IA. E depois vêm os discursos com “empoderam ento dos jovens” e “transform ação digital inclusiva”? Vamos falar a sério: isto é teatro de sombras para esconder a total ausência de visão política.

6

2500 Characters left


Colunistas

Opiniões e Feedback

Terra
2 days 1 hour

Ninguem perguntava a um homem se ele tinha mérito de ser na uma linha partidário/ Hahaha tchakota boca calado tem resposta ...

Maika
2 days 19 hours

Não fosse o apoio do imperialismo americano desta vez seria varrido da face da terra os genocidas e criminosos sanguinários ...

Terra
5 days 10 hours

Nhos vota na MPD tamebe Naty fla ma ainda nos codja nada?

Pub-reportagem

publireport

Rua Vila do Maio, Palmarejo Praia
Email: asemana.cv@gmail.com
asemanacv.comercial@gmail.com
Telefones: +238 3533944 / 9727634/ 993 28 23
Contacte - nos