O presidente da Enapor anunciou hoje, no Mindelo, que entre Março e Abril deverá ser anunciado o novo parceiro para gerir a plataforma de frio (Atunlo) e prometeu fim do mau cheiro na Avenida Marginal.
Ireneu Camacho fez as declarações à imprensa após uma visita rápida às instalações da plataforma com a finalidade de recepção dos bens afectos à concessão e tomada de posse do espaço.
Um acto que aconteceu cerca de um ano após a declaração de insolvência da Atunlo Cabo Verde e que hoje foi testemunhado por colaboradores de empresa gestora dos portos (Enapor) e por entidades ligadas a outras instituições.
“Estamos num processo de resolução do contrato de concessão que foi assinado em 2015 com a Atunlo. E esta visita vai traduzir claramente nesta resolução do contrato, ou seja, a partir de hoje todos os activos da Atunlo passam a ser activos da Enapor”, esclareceu.
Ireneu Camacho avançou ainda que se está a trabalhar com várias empresas, nacionais e estrangeiras e, entre Março e Abril, a Enapor deverá estar em condições de anunciar o novo parceiro para dar continuidade à plataforma de frio, localizada no Porto Grande do Mindelo.
Entretanto, conforme a mesma fonte, no contrato irá constar algumas exigências e requisitos considerados fundamentais para o desenvolvimento da infra-estrutura, mas também da ilha de São Vicente.
Entre estes, enumerou, tem de estar a garantia de não haver despedimento futuro para nenhum trabalhador, conservar os direitos adquiridos dos antigos colaboradores da Atunlo e ainda o pagamento dos salários em atraso.
Outro dos pontos fundamentais, acrescentou, é exigir que o novo parceiro tenha um plano de gestão ambiental para que não haver mais o reclamado mau cheiro que invadia a Avenida Marginal, no Mindelo, com as operações de tratamento do peixe e dejecto de restos na estação de tratamento da empresa, que está ligada à rede domiciliária.
“Essa é uma preocupação que nós temos e deixamos aqui uma garantia clara que o mau cheiro não pode voltar mais a essa cidade”, asseverou Ireneu Camacho.
A empresa escolhida, segundo a mesma fonte, deve então encontrar outras soluções para o tratamento do pescado, mas que não seja nas instalações do Porto Grande do Mindelo, reservado somente para a congelação do pescado para ser depois exportado.
Questionado sobre o montante da dívida que a Atunlo Cabo Verde mantém com a Enapor, o gestor esquivou-se de responder directamente ao assunto e disse que agora o mais importante é resolver o problema dos colaboradores e reactivar a conserveira.
Hoje pelas 15:00 já está marcada uma reunião entre a direcção da Enapor, sindicatos e os colaboradores da Atunlo com a finalidade de se encontrar uma solução conjunta para as cerca de 200 famílias que agora estão sem fonte de rendimento.
A Semana com Inforpress
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