A oposição da Coreia do Sul agendou para sábado a votação no parlamento de uma segunda moção de destituição contra o Presidente Yoon Suk--yeol, disse hoje um porta-voz do Partido Democrático.
A votação na Assembleia Nacional está marcada “para 14 de dezembro às 17:00 [08:00 em Lisboa]”, disse à agência de notícias France–Presse Jo Seung-lae, deputado do Partido Democrático.
Esta manhã (hora local) uma unidade especial de investigação da polícia da Coreia do Sul disse ter efetuado buscas na sede da polícia e no gabinete do Presidente.
“A equipa especial de investigação realizou uma busca no gabinete presidencial, na agência de polícia [sul-coreana], na agência de polícia metropolitana de Seul e no Departamento de Segurança da Assembleia Nacional”, uma semana depois de Yoon Suk-yeol ter imposto a lei marcial no país, disse a unidade às agências de notícias.
As buscas foram anunciadas horas depois dos dois principais chefes da polícia terem sido detidos pelo papel na breve imposição da lei marcial na semana passada.
As forças de segurança sul-coreanas disseram que o comissário-geral da agência de polícia sul-coreana, Cho Ji-ho, e o chefe da agência de polícia metropolitana de Seul, Kim Bong-sik, estavam detidos na esquadra de Namdaemun, na capital.
Os dois dirigentes policiais estão a ser investigados pelo papel no envio de forças policiais para a Assembleia Nacional, numa tentativa de impedir os deputados de entrar no parlamento para suspender a lei marcial, anunciada abruptamente na noite de 03 de dezembro.
No sábado passado, o conservador Yoon escapou por pouco a uma primeira tentativa. O Partido Popular do Povo (PPP), no poder, boicotou e invalidou a votação por falta de quórum.
Mais tarde, o partido disse que, em troca do bloqueio da moção, tinha obtido a promessa de que Yoon se ia retirar para deixar a governação ao PPP e ao primeiro-ministro.
A oposição acusou o PPP de um “segundo golpe” de Estado.
O Gabinete de Investigação de Corrupção de Altos Funcionários, conhecido como CIO, indicou hoje que vai solicitar a detenção e prisão de Yoon assim que estiverem reunidas as condições necessárias.
“Estamos a conduzir uma investigação completa e vamos analisar a questão da prisão”, disse o presidente do CIO, Oh Dong-woon, durante uma reunião de uma comissão parlamentar, acrescentando que há procedimentos a seguir primeiro.
Os procuradores têm até 20 dias para decidir se acusam Yoon ou não. A condenação por rebelião pode implicar a pena de morte.
A Semana com Lusa
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