O Tribunal de Recurso de Timor-Leste decidiu pela extradição do antigo deputado filipino Arnolfo Teves suspeito do assassínio de várias pessoas, confirmou hoje à Lusa o presidente daquela instância judicial, Deolindo dos Santos.
“Já está decidido pelo coletivo”, disse Deolindo dos Santos, quando questionado se confirmava a decisão do Tribunal de Recurso pela extradição do antigo deputado, que se encontra no país desde 2023.
Questionado sobre a possibilidade de recurso da decisão, o presidente do Tribunal de Recurso afirmou que “há probabilidade de as partes recorrerem”, salientando que o prazo é de 30 dias.
O filipino Arnolfo Teves foi detido em março em Díli pela Polícia Científica de Investigação Criminal de Timor-Leste, na sequência de um mandado de captura da Interpol.
Arnolfo “Arnie” A. Teves Jr., político e antigo deputado filipino, é acusado pelas autoridades filipinas de ser responsável pelo assassínio de dez pessoas e de ser o mentor da morte de Roel Degamo, governador da zona de Negros Oriental.
Em 04 de março, depois de o Tribunal Supremo proclamar Roel Degamo como governador, numa eleição contestada contra o ex-governador e irmão de Teves, Pryde Henry Teves, Degamo foi assassinado em casa.
Para as autoridades filipinas, Teves Jr. está implicado no homicídio de Roel Degamo, mas o ex-deputado nega qualquer envolvimento e critica os opositores pelas acusações.
Em maio do ano passado, Timor-Leste já tinha rejeitado o pedido de asilo político a Arnolfo Teves Jr. por considerar que não cumpria os requisitos, dando-lhe cinco dias para sair do país, o que não aconteceu, tendo permanecido no país até ser detido pela polícia timorense.
O deputado tinha chegado a Timor-Leste no final de abril, num voo privado acompanhado pela família.
A Semana com Lusa
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