O presidente da Bolsa de Valores, Miguel Monteiro, considerou na sexta-feira que a classificação de Cabo Verde na 15ª posição no índice Absa África Financial Market Index representa uma “estabilidade positiva”, observando o número de países avaliados.
“Cabo Verde está no caminho certo para se tornar um destino de referência para investidores e um participante activo nos mercados financeiros africanos globais. Esta é uma jornada desafiadora, e contamos com o apoio de todos para alcançar os nossos objectivos”, assinalou Miguel Monteiro em conferência de imprensa para abordar a posição do país no Africa Financial Markets Index 2024.
Trata-se da 8ª edição deste índice, e a 2ª vez que Cabo Verde é considerado para o índice, tendo no ano passado posicionado no 16º lugar num universo de 28 países africanos.
Explicou, no entanto, que após uma reavaliação num dos pilares do índice, Cabo Verde subiu para a 15ª posição, tendo na edição deste ano, revelada esta quinta-feira, mantido na 15ª posição, o que, segundo Miguel Monteiro, representa uma estabilidade positiva, considerando que o número de países avaliados aumentou de 28 para 29.
Aludindo que a avaliação é feita numa escala de 0 a 100 pontos, que este ano o país obteve uma pontuação média de 45, a mesma do ano passado, aquele responsável realçou que ao longo dos anos o Governo e as instituições financeiras do país têm “trabalhado incansavelmente” para aprimorar o sistema financeiro, expandir a base de investidores e promover a inovação no sector, quer por meio de digitalização, quer pela introdução de produtos financeiros sustentáveis.
Defendeu, entretanto, que para continuar a avançar é essencial fortalecer o sistema financeiro através da diversificação de instrumentos financeiros, adoptar infra-estruturas tecnológicas robustas, reforçar a aposta em questões ESG, isto é, ambientais, sociais e de governança, aprimorar a regulamentação e promover a educação e literacia financeira, incentivando o investimento no mercado de capitais.
“Estamos comprometidos em alcançar classificações ainda melhores em futuras edições do índice e assim contribuir para o crescimento económico sustentável de Cabo Verde. O nosso objectivo a médio prazo é atingir o top 10 e, a longo prazo, alcançar o top 5”, almejou, reiterando que a participação de Cabo Verde no índice e os bons resultados obtidos são fruto de um esforço conjunto dos diversos ‘stakeholders’.
Estas partes interessadas, para além da Bolsa de Valores de Cabo Verde, conforme mencionou, incluem o Ministério das Finanças, a Auditoria Geral do Mercado de Valores Imobiliários, o Banco de Cabo Verde e o Instituto Nacional de Estatística.
Segundo Miguel Monteiro, o índice deste ano procurou analisar mais profundamente os temas emergentes que estão a remodelar o panorama financeiro de África, e isso inclui, conforme notou, a diversidade de produtos financeiros, o avanço das estruturas ambientais, sociais e de governança, a adopção acelerada de tecnologias digitais e os esforços para fortalecer os regimes legais e regulatórios.
“Um processo significativo nessas áreas será fundamental para aumentar o apelo de África aos investidores e garantir a resiliência” examinou.
O Absa, Africa Financial Market Index, avalia o desenvolvimento financeiro dos países africanos com base em medidas-chave de acessibilidade, abertura e transparência do mercado.
Este relatório de referência fornece aos investidores informações sobre a infra-estrutura do mercado em todo o continente e permite que os formuladores de políticas aprendam com os principais desenvolvimentos em África.
A Semana com Inforpress
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