Especialista de mais de 10 países submeteram cerca de 50 resumos ao simpósio internacional para assinalar o centenário de Amílcar Cabral, uma organização conjunta entre Cabo Verde e Guiné-Bissau, em setembro, disse esta quinta-feira à Lusa fonte da organização.
Os resumos encontram-se em fase de validação, para serem apresentados em 13 eixos temáticos, que vão abordar várias facetas de Cabral, desde o seu contributo para as lutas de libertação, o seu pensamento, as questões agrárias, a educação, a mulher, a cultura, a juventude até ao novo diálogo Norte-Sul e Sul-Sul, adiantou.
Fátima Fernandes, membro da comissão organizadora do simpósio, disse à Lusa que a diversidade de apresentações "constituiu, sem dúvida, uma riqueza académica", que deverá motivar "o público mais jovem para a oportunidade de novos estudos”.
Os especialistas que se têm dedicado ao estudo da vida e obra de Amílcar Cabral tinham até 16 de julho para submeterem os seus resumos, tendo a organização recebido cerca de 50, oriundos de 13 países, afirmou.
Além de Cabo Verde, há propostas dos Estados Unidos, do Brasil, de Portugal, do Senegal, da Guiné-Bissau, da Guiné-Conacri, do Gana, da Costa do Marfim, do Mali, da Suécia, da França e da Suíça.
Os resumos encontram-se em fase de validação, para serem apresentados em 13 eixos temáticos, que vão abordar várias facetas de Cabral, desde o seu contributo para as lutas de libertação, o seu pensamento, as questões agrárias, a educação, a mulher, a cultura, a juventude até ao novo diálogo Norte-Sul e Sul-Sul, adiantou.
A professora destacou a “forma positiva” como os investigadores responderam ao convite e disse que outra ideia é incentivar o lançamento de obras em curso, mas também novos estudos e novas perspetivas de trabalho sobre o pai das nacionalidades cabo-verdiana e guineense.
O evento vai juntar Cabo Verde e Guiné-Bissau, num dos pontos altos das comemorações do centenário de Amílcar Cabral, que se assinala a 12 de setembro.
Organizado pela Fundação Amílcar Cabral, pela Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) e por várias instituições académicas da Guiné-Bissau, o evento está marcado para os dias 08 e 09 de setembro na Praia e os dias 11 e 12 de setembro em Bissau.
“Pensamos que foi uma divisão equilibrada e que pode trazer uma aproximação diferente para a organização”, salientou Fátima Fernandes, indicando que, em cada um dos países, haverá transmissão online.
“Será um teste para nós, mas, ao mesmo tempo, uma forma de colocarmos em prática as mais-valias que as redes comunicacionais nos oferecem”, reforçou.
A professora disse que a comissão científica já está também a refletir sobre o que fazer com as comunicações, estando sobre a mesa a possibilidade de criar uma versão híbrida, com um livro e publicações eletrónicas.
Amílcar Cabral nasceu a 12 de setembro de 1924, em Bafatá, na então Guiné portuguesa (hoje Guiné-Bissau), e foi assassinado a 20 de janeiro de 1973, em Conacri, Guiné.
As comemorações do centenário do nascimento têm sido marcadas por diversos eventos académicos, culturais e políticos em várias partes do mundo.
A Semana com Lusa
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