O Governo cabo-verdiano instou hoje a administração do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) a reajustar o processo dos leilões de depósito “com a maior urgência possível” e ameaça tomar medidas caso isso não aconteça.
“O que importa agora é o INPS, com a maior urgência possível, reajustar todo o aparato em termos de procedimento para a feitura dos leilões, articular com as entidades competentes”, pediu o vice-primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas, na cidade da Praia.
Em 08 de julho, O Governo cabo-verdiano anunciou alterações aos leilões de depósitos da segurança social, depois de, em março, o banco central ter alertado para falta de transparência e riscos para alguns bancos.
“Quando tudo estiver devidamente clarificado, transparente, seguro do ponto de vista dos regulamentos, vamos avançar para o processo de leilões”, prometeu Olavo Correia.
O também ministro das Finanças disse que esse dossier está “arrumado” e que agora o objetivo é retomar leilões com base nessas recomendações que o INPS “tem de cumprir”, sob pena de o executivo tomar medidas.
“Está tudo claro como deve acontecer e nós estaremos atentos para observarmos o comportamento dos atores e, em função desses atos, o Governo tomará as decisões adicionais que forem necessárias”, avisou.
O ministro salientou que o processo será bom para o sistema financeiro cabo-verdiano, mas com “regras conhecidas por todos, para que não haja nenhum ruído, porque o sistema “vive de confiança, de estabilidade e de previsibilidade”.
As medidas do Governo anunciadas há pouco mais de uma semana incluem “a anulação do segundo leilão” e a submissão do primeiro depósito a prazo “a um novo leilão nos novos moldes propostos”.
Em causa estão dois leilões de depósitos feitos no final de 2023, junto dos bancos do arquipélago, como forma de o INPS obter as melhores condições para os seus fundos.
A Semana com Lusa
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