O candidato republicano às eleições presidenciais dos Estados Unidos, Donald Trump, foi hoje retirado de um comício de campanha na Pensilvânia, com sangue visível na orelha direita, depois de se terem ouvido tiros, constataram jornalistas da AFP no local. Segundo autoridades norte-americanas, do ataque resultaram dois mortos, um deles o atirador que estava estrategicamente colocado num telhado a centenas de metros.
A campanha de Donald Trump disse hoje, através de um comunicado, que o candidato republicano às eleições presidenciais norte-americanas “está bem”, depois de ter sido retirado de um comício na Pensilvânia após se terem ouvido tiros no local.
De acordo com a Lusa que cita a referida agência noticiosa, Trump tinha começado a discursar quando se começaram a ouvir estrondos.
Segundo relatou a AP, também no local, o candidato à Casa Branca baixou-se rapidamente enquanto os seus guarda-costas o acompanharam do palco até ao carro.
O antigo presidente norte-americano ergueu o punho em desafio, debaixo de aplausos dos seus apoiantes.
A campanha de Donald Trump disse hoje, através de um comunicado, que o candidato republicano às eleições presidenciais norte-americanas “está bem”, depois de ter sido retirado de um comício na Pensilvânia após se terem ouvido tiros no local.
Segundo ainda a Lusa, o ex-presidente norte-americano “está bem e está a ser examinado num centro médico local”, indicou o porta-voz, Steven Cheung, citado no comunicado.
Ex-presidente garante que percebeu que "algo estava errado" quando começou a ouvir tiros e vários gritos
"É inacreditável que um ato destes possa acontecer no nosso país". As declarações, segundo a CNN Portugal, são de Donald Trump e o ato a que o ex-presidente se refere é àquilo que os serviços secretos já investigam como uma tentativa de assassínio, depois de vários tiros terem sido disparados durante um comício republicano em Butler, no estado da Pensilvânia.
Pouco depois de ter sido levado em braços por vários agentes, Donald Trump já utilizava as redes sociais para espalhar a mensagem: "Fui atingido por uma bala que perfurou a parte superior da minha orelha direita". Isso mesmo foi a causa do sangue visto no rosto do presidente, que deixou o recinto de punho no ar, transformando a apreensão daqueles que estavam no local em festa, mesmo que depois se tenha percebido que uma pessoa que estava no público morreu e que outras duas ficaram gravemente feridas.
O ex-presidente dos Estados Unidos conta que percebeu de imediato que "algo estava errado" quando começou a ouvir sons de tiros e vários gritos entre a multidão.
Depois de se ouvirem tiros, agentes dos serviços secretos retiraram o ex-presidente do palco onde decorria o último comício de Trump antes da convenção republicana, na qual será oficialmente nomeado candidato às eleições de novembro.
O presidente norte-americano e candidato democrata, Joe Biden, já condenou os acontecimentos de sábado, disse estar aliviado por saber que Donald Trump está "seguro e bem", mas evitou considerar o que aconteceu como uma tentativa de assassínio: "Tenho uma opinião sobre o assunto, mas não tenho informações".
“Não deve haver lugar para este tipo de violência na América”, afirmou numa comunicação ao país citado pela CNN.
"Pop, pop, pop": sete a oito tiros de uma AR-15 a centenas de metros. Tentaram matar Donald Trump?
Segundo ainda a CNN, as autoridades estão a investigar caso como uma tentativa de assassínio ao ex-presidente. Do ataque resultaram dois mortos, um deles o atirador que estava estrategicamente colocado num telhado a centenas de metros.
“Não víamos isto desde Reagan”. As palavras são do procurador do condado de Butler, na Pensilvânia, onde voltou a acontecer algo tantas vezes visto na história dos Estados Unidos. Ao que tudo indica, e de acordo com as informações dos serviços secretos, o ex-presidente e candidato à presidência dos Estados Unidos foi alvo de uma tentativa de assassínio durante um comício republicano.
Richard Goldinger descreveu à CNN um cenário de caos total em que se ouviram vários tiros e que terminou com a morte de duas pessoas, o atirador - rapidamente se ouviu uma voz a gritar "atirador abatido, atirador abatido" - e um dos espectadores que marcava presença no comício de onde outras duas pessoas saíram feridas com gravidade.
No local estavam cerca de 15 mil republicanos que reservaram o fim de tarde deste sábado para mais uma ação de campanha do cada vez mais provável próximo presidente dos Estados Unidos. Entre eles estava o candidato a senador Dave McCormick, que descreveu à CNN o que garante ter sido um “ataque imediato ao presidente”.
O republicano estava sentado entre Donald Trump e um dos espectadores baleados. McCormick ouviu “uma série de tiros – cerca de sete ou oito tiros –, apenas pop, pop, pop”. É precisamente isso que as imagens do local, num momento que estava a ser transmitido em direto por várias televisões, descrevem: o som de vários tiros ao fundo e uma multidão em pânico ao ver o ex-presidente agarrar-se à orelha enquanto cai no chão desamparado.
Para ele correram vários agentes dos serviços secretos que por ali ficaram durante cerca de um minuto, deixando toda a gente em suspenso, uma vez que muitos terão chegado até a pensar que Donald Trump tinha morrido.
“Foi um momento de puro caos. Os serviços secretos cobriram de imediato o presidente, saltaram para cima dele e o público foi para o chão”, descreveu McCormick, assumindo um momento de pânico em que se pensou o pior em relação ao candidato republicano à presidência.
Não foi isso que aconteceu e o próprio candidato republicano quis deixá-lo claro. Mal se levantou ergueu o punho para a multidão, que festejou ao perceber que Donald Trump estava bem, mesmo com todo o sangue visível no rosto, e que mais tarde foi explicado pelo próprio.
Entretanto o caso já passou para a jurisdição do FBI, que assumiu a total investigação do que aconteceu em Butler.
Uma espingarda a centenas de metros
Descreve a CNN que Lee Harvey Oswald estava a cerca de 80 metros de John F. Kennedy quando disparou os tiros que mataram o então presidente dos Estados Unidos. Um trabalho só possível com recurso a uma espingarda de alta precisão, o que também terá acontecido neste caso.
O som dos disparos deixava logo a adivinhar duas coisas: dificilmente o atirador estaria perto e a arma utilizada seria tudo menos algo convencional. E foi mesmo assim. O atirador colocou-se estrategicamente no telhado de um edifício a cerca de 200 metros do local onde decorria o comício e utilizou uma espingarda de assalto.
O atirador terá utilizado, segundo os meios de comunicação norte-americanos, uma arma do tipo AR-15, uma espingarda semi-automática semelhante à AK47. Para já sabe-se que o atirador é um homem branco, sendo que as autoridades estão já a fazer o tradicional rastreio da compra da arma.
Isso mesmo explica a forma como conseguiu contornar segurança, porque ela simplesmente não existia do local onde se posicionou, ainda fora do recinto e de todo o crivo de revistas e medidas de segurança.
Os serviços secretos dos Estados Unidos, prossegue a CNN, confirmaram mais tarde que os tiros foram disparados de uma "posição elevada" em relação ao recinto, garantindo também que o atirador foi "neutralizado" de imediato.
"Os serviços secretos responderam prontamente com medidas de segurança e o ex-presidente Trump está seguro. Um espectador morreu e dois outros estão em situação crítica. O incidente está a ser investigado e os serviços secretos notificaram o FBI", acrescentou, conforme a fonte deste jornal, o chefe de comunicações das secretas norte-americanas, Anthony Guglielmi.
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