A Juventude do PAICV (JPAI) questionou hoje o impacto dos Fóruns da Juventude realizados pelo Governo, durnte uma conferência de imprensa feita nesta quinta-feira na cidade da Praia. Elmer da Graça, Secretario Geral da JPAI, reconhece a importância da realização de fóruns tanto a nível nacional como regional, por constituem plataformas importantes de diálogo e de debate sobre temas relevantes do quotidiano da juventude de onde, a priori, deve-se ocasionar resoluções com recomendações e propostas de políticas públicas que devem nortear a ação governativa do país em matéria de Juventude, mas, segundo ele, Ulisses Correia e Silva e o seu Governo não têm conseguido aproveitar da melhor forma os subsídios recolhidos dos diversos Fóruns já realizados, uma vez que medidas direcionadas para a juventude continuam escassas, deficitárias, ineficientes e não se consegue ver sinais de uma mudança de paradigma.
“Cabo Verde tem enfrentado nos últimos tempos vários e prementes desafios. Neste quadro, a juventude tem sido uma das esferas mais afetadas pela má governação do país”, constata o SG da JPAI.
Segundo a mesma fonte, a juventude não constitui uma prioridade para o atual Governo do MpD e para o Primeiro-Ministro. “Num momento em que se prepara a realização de mais um fórum, o Fórum Regional da Juventude de Barlavento a ter lugar em Mindelo, a JPAI aproveita para lançar alguns questionamentos com o objetivo de perceber em que medida a realização destes fóruns tem contribuído para a formulação de políticas publicas para a Juventude”, avalia, lançando a primeira questão que tem a ver com a publicação das resoluções saídas destes fóruns.
A JPAI entende ainda que as resoluções devem ser de domínio público, através da sua disponibilização em plataformas online públicas para uma maior transparência de modo a permitir que todos possam ter acesso ao documento final dos encontros e fazer o respetivo acompanhamento.
Por outro lado, questiona se as propostas e as recomendações que saem destes fóruns, são efetivamente incorporadas e materializadas pelo Governo do MpD e Ulisses Correia e Silva. “Os inputs e contribuições dos jovens participantes estão de facto a ser levadas a sério e em devida consideração? Temos sérias dúvidas a este respeito”.
O confnerencista questionam igualmente como fazer o seguimento relativamente à execução das propostas que constam das resoluções. É que, segundo o Secretário-geral da JPAI, não basta elaborar um documento orientador para depois engavetá-lo. É preciso dar seguimento e permitir o devido acompanhamento para que também se possa debater sobre a taxa de execução e avaliar o nível de sucesso atrelado à realização destes fóruns da Juventude.
Nesta mesma conferência, a JPAI exorta ao Ulisses Correia e Silva e o seu Governo para aproveitarem de facto deste espaço e desta plataforma enquanto um instrumento de auscultação dos jovens e os seus anseios, mas sobretudo para a recolha de subsídios para a formulação de políticas publicas que possam ser efetivamente implementadas para provocar a melhoria das condições de vida em que se encontram os jovens e não como um fim em si próprio e numa perspetiva lúdica.
Para Elmer da Graça, é evidente a falta de capacidade de implementação de políticas públicas por parte de Ulisses e do MpD que produzam resultados satisfatórios e que vão de encontro com aquilo que são os anseios da juventude cabo-verdiana.
“Cabo Verde tem enfrentado nos últimos tempos vários e prementes desafios. Neste quadro, a juventude tem sido uma das esferas mais afetadas pela má governação do país”, constata.
Para este jovem dirigente, a falta de oportunidades e alternativas a nível de emprego, os vínculos laborais precários, a subida do custo de vida e todos os outros problemas que acarreta, tem criado uma situação de desânimo, de desesperança e tem contribuído fortemente para a acentuada onda de emigração jovem que se tem testemunhado nos últimos anos, marcada pela fuga de cérebros do país.
Dispara, “um autêntico êxodo da juventude cabo-verdiana para fora do Cabo Verde delapidando deste modo o nosso país, em matéria de quadros técnicos especializados e competentes”.
Conclui asseverando que os jovens cabo-verdianos querem ser ouvidos e não tem dúvidas que querem contribuir para a construção do presente e do futuro, deste país, como parte fundamental deste processo.
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