sexta-feira, 14 março 2025

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Portugal: “É preciso conhecimento da diáspora para agregar valor aos esforços nacionais de desenvolvimento” – ministro

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O ministro das Comunidades, Jorge Santos, considerou hoje, em Lisboa, que é preciso conhecer o perfil e o potencial da diáspora cabo-verdiana no mundo para se saber como agregar valor aos esforços nacionais de desenvolvimento.

A ideia foi defendida à Inforpress depois de Santos presidir a abertura da primeira mesa redonda internacional sobre o Mapeamento da Diáspora no Mundo, que reúne na capital portuguesa comunidades cabo-verdianas residentes em Portugal e nos demais países da Europa, que acolhem a diáspora cabo-verdiana, no âmbito do projecto de mapeamento.

“É um projeto para fazermos o perfil de imigração cabo-verdiana no mundo, saber quantos são, quem são e onde estão, mas também o que fazem e a caracterização socioeconómica”, reforçou a mesma fonte.

Ou seja, continuou, a ideia é definir como trazer esse potencial, principalmente das segundas, terceiras ou quartas gerações, para agregar valor aos esforços nacionais de desenvolvimento.

Por isso, a produção estatística oficial, através do Instituto Nacional de Estatística, que é quem lidera esse projeto, “é fundamental” para o desenvolvimento de Cabo Verde, frisou.

Segundo Jorge Santos, a escolha de Portugal para dar o “ponta pé de saída” com a mesa redonda sobre o projecto, que terá, no mínimo, a duração de dois anos, relaciona-se com a dimensão da diáspora cabo-verdiana na Europa, que já ultrapassa os 460 mil cabo-verdianos de quatro gerações.

O governante lembrou que hoje existe uma “colaboração e um comprometimento grandes” da diáspora com Cabo Verde, através do capital humano, mas também a nível financeiro, já que ela já está a investir em contas a prazo, que neste momento já ultrapassa os 375 milhões de dólares.

Jorge Santos sustentou ainda que essas remessas são crescentes, com uma “pequena oscilação em 2023”, tendo já ultrapassado, só as remessas financeiras, os 18,2 por cento (%) do Produto Interno Bruto (PIB), sem contar os investimentos, que já ultrapassaram os 5,6 milhões de contos.

“As pequenas encomendas, o apoio familiar, toda essa coesão social e cultural, que também, quantificado, é importante, já ultrapassa os 7,2 % das despesas familiares de cabo-verdianos. Ou seja, se juntarmos tudo isto, estamos a falar de 34 % do PIB, e são esses dados que precisamos ter estatísticas científicas e geo-oficiais, para termos relatórios anuais, como forma de afinar e criarmos políticas públicas”, sublinhou.

O ministro das Comunidades é de opinião que a diáspora cabo-verdiana em diferentes países do mundo é um “capital endógeno”, por isso a necessidade de se investir em políticas públicas que sejam “assertivas” e se poder “aumentar essa participação”.

Presente na sessão da abertura da mesa redonda esteve o secretário de Estado das Comunidades Portuguesa, José Cesário, o embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, o presidente do INE, João Cardoso, representantes do Banco Mundial, de todas as embaixadas na Europa e dos postos consulares, das associações, das federações e também académicos.

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Mindoca
1 day

O que esse homem quer é fazer prova de vida. É que ele parece que está vivo, mas não está. Nem agora nem quando ele foi ...

Terra
1 day 5 hours

Deve ser fiscalizado antes de sair de Cabo Verde tb o dinheiro de contracto deve ser investido nos coitados de Cabo Verde nao ...

liberdade
2 days 6 hours

Mesmo complicado se ha verdade adiver essas brucracia pela mor de Deus?

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