A maior oposição cabo-verdiana destacou hoje, em declração política no parlamento, que o dia 25 de maio, dia da África, é uma data para se refletir sobre a rica tapeçaria de culturas, línguas e tradições que compõem o nosso continente, mas também um dia para encarar de frente os desafios e oportunidades que se nos apresentam para o futuro.
De entre os desafios apontados pelo Presidente do Grupo Parlamentar do PAICV, João Batista Pereira, está a criação de mais empregos para os jovens , pois, conforme referiu, a África precisa de criar entre 10 e 15 milhões de novos empregos por ano para ocupar esta força de trabalho jovem.
Acrescentou ainda que o desemprego e a subutilização da mão-de-obra jovem são realidades preocupantes que podem gerar frustração e instabilidade se não forem adequadamente abordadas.
Destacou também os problemas económicos estruturais que continuam a impedir o desenvolvimento sustentável do continente.
Segundo explicou, muitas economias africanas dependem ainda excessivamente da exportação dos produtos de origem agropecuária ou de extração mineral, o que as torna vulneráveis a flutuações de preços no mercado mundial.
“Por isso, a diversificação económica é uma necessidade urgente para assegurar um crescimento resiliente e inclusivo em África”, fundamentou João Baptista Pereira.
A segurança é outro desafio considerado pelo deputado como crítico para os africanos.
Afirmou que o terrorismo, que antes era uma ameaça isolada, tornou-se uma das principais preocupações de defesa e segurança no continente. E que Cada vez mais grupos extremistas têm explorado vulnerabilidades e causado destruição e sofrimento em várias regiões do continente, o que exige uma resposta assaz coordenada e eficaz dos governos africanos e da comunidade internacional.
Mas segundo indicou os os desafios demográficos são talvez os mais prementes para a África.
Para o partido, com uma população que se expande rapidamente, é crucial que os sistemas de educação e saúde sejam fortalecidos para garantir que todos os africanos tenham iguais oportunidades de acesso a esses bens estruturalmente essenciais.
Disse ainda que no domínio ambiental, as mudanças climáticas representam uma ameaça significativa para todo o planeta Terra.
No entanto, a África é particularmente vulnerável a eventos climáticos extremos, como secas e inundações, que afetam a agricultura e a segurança alimentar.
Por isso afirmou que, neste contexto, a adoção de práticas sustentáveis e a implementação de políticas de adaptação climática são essenciais para proteger os nossos recursos naturais e assegurar a sustentabilidade para as futuras gerações.
Acrescentou que a tecnologia também apresenta desafios, especialmente em termos de acesso e inclusão digital.
“Investir em infraestruturação tecnológica e promover a alfabetização digital são passos cruciais para garantir que a África possa competir numa economia global cada vez mais digitalizada”, sustentou.
João Batista entendeu que o caminho para a prosperidade africana está repleto de desafios, mas também prenhe de oportunidades.
Para o mesmo , a união de esforços, a valorização dos nossos recursos e o investimento nas nossas pessoas são os pilares sobre os quais construiremos um futuro melhor.
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