sexta-feira, 15 novembro 2024

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Governo de Cabo Verde promete analisar sigilo e restrição à informação pública

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O Governo cabo-verdiano prometeu hoje analisar a “cultura do sigilo” e a restrição no acesso a informações de interesse público apontadas no índice anual de liberdade de imprensa, publicado hoje pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

“Se é algo que é percecionado, que é sentido pelos profissionais da comunicação social, então essa questão deve ser efetivamente analisada e é isto que seguramente iremos fazer, com toda a abertura e com toda a humildade”, prometeu o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Lourenço Lopes.

Em conferência de imprensa, na cidade da Praia, para reagir ao relatório da RSF, em que Cabo Verde desceu para a 41.ª posição (33.ª em 2023), o membro do Governo frisou que o país tem uma “governação aberta e transparente”, mas reconheceu que há elementos a melhorar.

  “Teremos seguramente a humildade para corrigir lá onde devemos corrigir, mas o quadro geral é que temos uma governação aberta aos cidadãos e aos profissionais de comunicação social”, sustentou.

O relatório aponta uma “cultura de sigilo” e restrição por parte do Estado no acesso a informações de interesse público.

O secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro notou que hoje diversos relatórios são publicados em páginas de vários departamentos governamentais e que há um “princípio” de “abertura” e de facultação de informações e outros elementos aos jornalistas.

Relativamente à pontuação absoluta, salientou que o Governo não se vangloria quando o país sobe, mas também não “entra em depressão” agora que desceu.

Lourenço Lopes frisou que o país continua a figurar como o melhor país lusófono em África e está entre os cinco melhores de todo o continente africano.

“Interpretamos esta pontuação e esta posição com sentido de responsabilidade, para melhorar o que tem que ser melhorado”, declarou, salientando que a liberdade de imprensa não é uma responsabilidade exclusiva do Governo, mas sim uma “construção coletiva”.

Por isso, defendeu uma reflexão sobre a realidade da prática do jornalismo em Cabo Verde, deixando claro que o executivo não intervém no trabalho dos profissionais da comunicação social.

O governante descreveu o quadro atual, com várias leis aprovadas, incentivos aos órgãos privados e apoios aos órgãos públicos, e enumerou os programas em execução para melhorar e empoderar o setor.

O relatório apontou ainda outras dificuldades associadas à insularidade e ao mercado publicitário, que é restrito e trava o crescimento do setor, mas também pressões políticas, a composição do órgão independente da radiotelevisão pública, a escolha dos diretores dos órgãos públicos, a autocensura e os ataques a jornalistas nas redes sociais.

Este ano, Cabo Verde regista duas subidas: no contexto de segurança (fixando-se em 92,03 pontos) e a nível legislativo (para 74,7 pontos), os dois pilares mais fortes.

A avaliação desce nos restantes indicadores que medem o ambiente para fazer jornalismo: a nível social (para 73,35 pontos), económico (uma nota de 54,25, a mais baixa) e político (para 69,51 pontos).

Tanto o Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, como a Associação de Jornalistas de Cabo Verde (Ajoc) defenderam hoje uma reflexão sobre a descida do país no índice.

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
2 days 18 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
4 days 16 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
12 days 15 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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