sexta-feira, 15 novembro 2024

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PR Marcelo termina visita a Cabo Verde “em forma” contra quem o acha “caquético”

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Marcelo Rebelo de Sousa disse hoje sentir-se em forma após hora e meia em pé numa aula magna proferida na Universidade de Cabo Verde, perante centenas de pessoas, sobretudo estudantes.

No final, pediu aos jovens que não se deixem acomodar, sentindo-se como alguém que entrou na sala “com 76 anos” e sai “com menos 25”.

“Cada vez que tenho oportunidade de dar uma aula, ganho em idade e forma física. Não sei se é uma boa ideia para quem acha que eu devia estar mais caquético ou velho”, acrescentou.

Em qualquer caso, tem hoje uma resposta que necessariamente não lhe agrada: junto de jovens sinto-me ainda mais jovem”, concluiu, após uma semana em que tem sido alvo de críticas e comentários, após diversas declarações feitas num jantar com jornalistas estrangeiros, em Lisboa.

Hoje, Marcelo recusou-se a comentar temas da atualidade política portuguesa, por estar no estrangeiro, onde tem insistido na fraternidade das relações com as ex-colónias.

Na aula magna de hoje, o chefe de Estado anteviu a celebração de 50 anos de independências de países lusófonos, em 2025, como uma oportunidade para manter viva a celebração conjunta do 25 de Abril, deste ano.

“Para o ano há uma grande ocasião: vão ser celebradas as independências”, pelo que as celebrações são uma “boa ideia”, disse, prometendo promover a ideia junto de outros chefes de Estado.

Marcelo respondia a um dos participantes, guineense, cujo pai foi preso pela PIDE, polícia política da ditadura colonial, que questionou se o 25 de Abril não podia passar a ser uma celebração conjunta com as ex-colónias, em vez de estes países serem convidados para um evento, na data, em Portugal.

O Presidente português disse que a celebração dos 50 anos, em Portugal, foi nesse sentido e que cabe a cada sociedade promover o debate sobre um “passado, presente e futuro de todas estas sociedades”.

Com o homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves, na primeira fila, Marcelo pediu às centenas de estudantes na plateia que sejam “exigentes, críticos e livres” para se construir uma democracia em tempos de crise – tema da aula magna -, reiterando que uma democracia imperfeita e inacabada é sempre preferível a uma ditadura, mas desta vez dizendo-o perante uma grande plateia, na Uni-CV.

“Tenho uma esperança ilimitada em vós, jovens cabo-verdianos”, disse, destacando a dinâmica cultural, porque, quando esta existe, a “dinâmica cívica irrompe naturalmente”, referiu.

A aula foi o último momento da visita de Marcelo Rebelo de Sousa a Cabo Verde, centrada nas comemorações dos 50 anos da libertação dos presos do Tarrafal.

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
2 days 18 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
4 days 16 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
12 days 15 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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